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    Partido de opositor detido no Chade denuncia “maquinação política entre dois Estados”

    O partido da oposição na Guiné Equatorial, Convergência para a Democracia Social (CPDS), cujo secretário-geral, Andrés Esono, foi detido na quinta-feira no Chade, denunciou o que chamou “maquinação política entre dois Estados”, exigindo a libertação do seu líder, escreve o Observador que cita a Lusa.

    Andrés Esono Ondo “deve ser libertado” e deve regressar à Guiné Equatorial em total liberdade, da mesma forma que saiu”, declarou o seu partido, denunciando através de um comunicado enviado à Lusa uma “maquinação política entre dois Estados e os seus respetivos chefes, cuja principal preocupação política é aniquilar as respetivas oposições políticas”.

    Andrés Esono foi detido na passada quinta-feira no Chade, onde participava no congresso do principal partido da oposição chadiana, União Nacional para a Democracia e a Renovação (UNDR).

    O Governo equato-guineense em Malabo justificou no passado sábado a detenção de Andrés Esono através de um comunicado, alegando que o líder da CPDS se deslocou ao Chade com o “único objetivo de adquirir armas e munições e recrutar terroristas para cometer um golpe de Estado na Guiné Equatorial com um financiamento estrangeiro”.

    Na passada segunda-feira, Juan Antonio Bibang, ministro da Segurança Externa da Guiné Equatorial, acrescentou os detalhes seguintes: “Andrés Esono Ondo viajou para o Chade sob pretexto de assistir a um congresso organizado pelo partido UNDR na província de Guera, conhecida por (ser um território de) terroristas e de rebeldes, mas também pelka facilidade com que se pode comprar armas”.

    No Chade, Andrés Esono foi transferido de Guera, onde deveria ter assistido ao congresso da UNDR, que foi anulado, para as instalações da Agência Nacional de Segurança (ANS, serviço de informações chadiano) em N`Djamena.

    Malabo “quer calar todas as vozes discordantes e manter a oposição fora de jogo para impedir o exercício da democracia. Este tipo de montagem é habitual”, afirmou à agência France Press um diplomata em funções na Guiné Equatorial sob anonimato.

    Decorre desde o final de março um processo judicial contra alegados instigadores de um golpe de Estado que Malabo afirma ter desmantelado no final de 2017. Mais de 150 pessoas foram acusadas de implicações nessa tentativa de golpe contra o Presidente Teodoro Obiang Nguema, 76 anos, no poder há 39 anos.

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