Sexta-feira, Maio 17, 2024
15.1 C
Lisboa
More

    Participantes pedem mais divulgação da Constituição

    Mesa de presidium da Bienal do Direito Constitucional (Foto: Alberto Julião)
    Mesa de presidium da Bienal do Direito Constitucional (Foto: Alberto Julião)

    Os participantes da I Bienal do Direito Constitucional, que se encerrou nesta sexta-feira, em Luanda, recomendaram maior divulgação da Constituição da República de Angola, por forma a permitir aos cidadãos o conhecimento efectivo dos seus direitos e deveres fundamentais.

    Segundo o comunicado final do encontro, que decorreu sob o lema “40 anos do constitucionalismo angolano: 1975 – 2015”, os participantes consideraram imperiosa a conjugação de esforços para a implementação da jurisdição constitucional, bem como o seu desenvolvimento e consolidação.

    Recomendaram ao Centro de Estudos de Direito Público a contínua realização de eventos desta natureza e os reproduza pelas demais províncias do país.

    Concluíram que a Constituição do país é a Lei Suprema do Estado e, por ser essencialmente programática, além de estatuária, confere vários direitos aos cidadãos e prevê mecanismos de controlo da sua aplicação.

    O costume enquanto fonte de Direito, realçaram, pode ser aplicado às relações jurídicas, desde que seja conforme a Constituição e a dignidade da pessoa humana.

    Recomendaram deste modo, dada a sua importância na sociedade, que o mesmo seja objecto de estudo para maior conhecimento da realidade costumeira das diversas regiões.

    No dia de hoje, o docente universitário Carlos Feijó versou sobre o “Pluralismo Jurídico em Angola”, tendo defendido que o tema é uma realidade crescente, em constante evolução e vai merecendo muita atenção por parte dos juristas.

    Disse que o tema é inclusive objecto de capítulos em dissertações de mestrado e doutoramento.

    Já o docente Raul Araújo apresentou o tema “O Sistema de Governo”, tendo estabelecido as diferenças entre o sistema de governo vigente na Lei Constitucional de 1975, na de 1992, e o sistema implementado pela Constituição de 2010.

    Referiu que o sistema de governo actual é de matriz presidencial de base parlamentar, tendo apresentado várias justificações de cariz constitucional e de orientação doutrinária para sustentar as suas posições.

    Por sua vez, o docente Rui Ferreira apresentou o tema a “Fiscalização da Constitucionalidade, o modelo de controlo consagrado em Angola, as semelhanças e diferenças entre o actual modelo consagrado na Constituição e o modelo previsto na Lei Constitucional de 1992”.

    Fez algumas considerações de crítica construtiva ao modelo, aos operadores do Direito, e finalizou afirmando que o controlo da constitucionalidade será uma garantia mais eficaz se os operadores do Direito fizerem uso permanente deste mecanismo.

    A 1ª Bienal de Direito Constitucional foi organizada pelo Centro de Estudos de Direito Público (CEDP) e pela Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto. (portalangop.co.ao)

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    TSE suspende julgamento de ações que pedem cassação de Moro por atos na pré-campanha em 2022; caso será retomado na 3ª

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu nesta quinta-feira o julgamento das ações que pedem a cassação do senador Sergio...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema