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    Papa reafirma natureza inviolável da vida perante secretário-geral da ONU

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    O Papa reafirmou hoje, perante o  secretário-geral da ONU e responsáveis das agências da organização, a oposição  radical da Igreja ao aborto, considerando que “a vida é inviolável desde  a conceção ao termo natural”.

    Ban Ki-moon, que falou em primeiro lugar, saudou o empenho pessoal do  argentino Jorge Bergoglio “na erradicação da pobreza” e “na defesa da dignidade  humana”.

    O responsável da ONU convidou o Papa a deslocar-se “assim que possível”  a Nova Iorque para “expor a sua visão” do mundo na tribuna das Nações Unidas.

    Na resposta, em que elogiou o trabalho e progressos conseguidos pela  ONU, Francisco pediu às várias agências, que estiveram reunidas nos últimos  dias em Roma para um encontro de coordenação, para “se oporem à economia  de exclusão, à cultura do desperdício e à cultura da morte que, infelizmente,  pode vir a ser aceite pela passividade”.

    Francisco sublinhou “a dignidade de cada irmão, cuja vida é inviolável,  da conceção até ao termo natural”, numa condenação clara do aborto e da  eutanásia.

    Esta semana, o Vaticano foi fortemente criticado, pelos peritos da comissão  da ONU contra a tortura, pelos casos de pedofilia, mas também pela oposição  à interrupção voluntária da gravidez.

    Os peritos consideraram que a oposição da Igreja católica ao aborto  configura uma forma de tortura.

    O chefe da delegação do Vaticano, Silvano Tomasi, respondeu que o aborto  também é tortura, e acrescentou que a Igreja condena “qualquer forma de  tortura, nomeadamente por aqueles que são torturados e mortos antes de terem  nascido”.

    No pontificado de João Paulo II, durante o qual decorreram as conferências  do Cairo sobre a população (1994) e de Pequim sobre as mulheres (1995),  a ONU e o Vaticano opõe-se nos temas da contraceção, aborto, divórcio e  direitos das mulheres.

    As agências da ONU acusam o Vaticano de favorecer a natalidade excessiva  nas sociedades que não conseguem responder às necessidades da população  e de colocar em destaque o papel da Igreja, ao travar indiretamente o desenvolvimento.

    O Vaticano acusa as agências das Nações Unidas de violar os “direitos  naturais” à vida e à família, de favorecerem o planeamento familiar e o  controlo do crescimento populacional, além de exercerem um “imperialismo  cultural”, no qual as conceções das sociedades desenvolvidas do norte são  impostas às culturas do sul. (sicnoticias.sapo.pt)

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