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    Papa discorda da Turquia e afirma que massacres dos cristãos arménios foi genocídio

    Le pape François a célébré une messe pour le 100e anniversaire du génocide arménien, le 12 avril 2015, dans la basilique Saint-Pierre de Rome. (REUTERS/Tony Gentile)
    Le pape François a célébré une messe pour le 100e anniversaire du génocide arménien, le 12 avril 2015, dans la basilique Saint-Pierre de Rome.
    (REUTERS/Tony Gentile)

    Em sua tradicional missa dominical na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco lembrou hoje o 100º aniversário do massacre do povo arménio. O líder da Igreja Católica utilizou o termo “genocídio” para se referir aos ataques cometidos pelos turcos que quase exterminaram os arménios entre 1915 e 1917. A Turquia admite que muitos cristãos arménios morreram durante o conflito, mas nega a existência de um genocídio.

    Durante a missa, o papa Francisco disse que a humanidade vivenciou no século passado três grandes tragédias. “O massacre da população cristã arménia foi o primeiro genocídio do século XX”, afirmou. Francisco recordou a “matança sem sentido” de mais de um milhão de arménios no final do Império Turco-Otomano. Na época, em plena Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os turcos, aliados dos alemães, lutavam contra a Tríplice Entente, formada pela Inglaterra, França e Rússia, e acusaram os arménios de apoiar as tropas inimigas.

    Em seguida, o papa citou as outras duas tragédias que marcaram o século passado, o nazismo e o estalinismo, sem esquecer de citar extermínios mais recentes, como os do Camboja, de Ruanda, do Burundi e da Bósnia.

    O papa também falou sobre as perseguições e crimes cometidos actualmente contra os cristãos, evocando uma “terceira guerra mundial combatida aos pedaços”.

    João Paulo 2° criou precedente

    Esta não foi a primeira vez que um papa usou o termo “genocídio” em relação ao conflito arménio. Durante o pontificado de João Paulo 2°, quando o argentino Jorge Bergolio ainda era um cardeal, um documento da Igreja citou a exterminação dos cristãos arménios. Em conversas privadas, autoridades da Igreja também evocaram os massacres. A novidade é que nenhum papa, antes de Francisco, havia empregado publicamente o termo genocídio.

    O papa Francisco corre o risco de entrar em conflito com Ancara. A Turquia considera esse período como uma guerra civil, na qual morreram entre 300 mil e 500 mil arménios e outros tantos turcos.

    Os arménios estimam que 1,5 milhão deles foram mortos entre 1915 e 1917. Hoje, mais de vinte países, incluindo França, Itália e Rússia, reconhecem o genocídio arménio, em função do trabalho de muitos historiadores. (rfi.fr)

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