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    Palmas e distinção para Ruy Mingas

    Jornal de Angola| Analtino Santos

    Uma noite memorável bem confirmada pela forma eufórica como os presentes na sala do Centro de Convenções de Belas encerraram o dia 27 de Abril, cantando “Makezu”. Um momento onde o pregão da Avô Ximinha foi reforçado na parte final com a voz de Ruy Mingas que foi antecedida pelo coro da plateia.

    O homenageado no “Cantar Ruy Mingas 8.0” não limitou-se apenas em apreciar os músicos que interpretaram temas que na sua voz, tornaram-se clássicos no cancioneiro nacional. Depois de Yuri Simão ter entregue uma lembrança, Carlitos Vieira Dias, seu primo e companheiro musical dedilhou no violão e Ruy Mingas encantou interpretando “Birim Birim”. Foi notória a voz límpida e aceitável para aparições privadas e quiçá públicas. Um dos momentos mais altos e emotivos.

    Antes deste momento, uma dupla de actores representou, o encontro entre Manuel Rui Monteiro e o homem da noite, que resultou no Hino Nacional. Zé Kafala foi a voz escolhida para cantar o “Angola Avante”, bem acompanhado pelos presentes. Foi ainda proposto o ambiente que reinava no Quintal de Tio Liceu, onde eram tocados os chamados “ritmos angolanos”, Carlitos Vieira Dias teve a cumplicidade do grupo floclórico Kituxi e Daniel Nascimento.

    Outros intervenientes e momentos marcaram as mais de duas horas de concerto, que arrancou no primeiro bloco com a sequência: “Xyami”, “Poema da Farra” e “Morro da Maianga”, nas vozes de Kizua Gourgel, Toty Samed e Sandra Cordeiro.

    Nesta fase a conclusão esteve com Daniel Nascimento que recordou o tempo que até as estrelas eram do povo e os meninos sabiam o quanto custou a liberdade, interpretando “Meninos do Huambo”, que foi antecedida por “Muimbuua Sabalu”, na voz de Dodó Miranda.

    No segundo bloco, o jovem Gari Sinedima caprichou em “Meu Amor” e na companhia de Sandra Cordeiro deram um novo toque em “Mama Terra”. As guitarras também falaram alto, o jovem Yark Spin e o Mestre Teddy Nsingi até namoravam com as cordas. Ainda houve tempo para “Namoro” e “Holla Hop”, na voz de um outro guitarrista, Toty Samed.

    Uma outra jovem que não decepcionou foi Edizila em “Suzana”, enquanto o grupo Lyricus deu o seu toque em “Pambo Dya Penha”. Todos os jovens não esconderam a emoção por fazerem parte do projecto, o que também foi reconhecido pelo homenageado visivelmente emocionado.

    Gari Sinedima que em “Cantar André Mingas”, que aconteceu na segunda edição da sexta Temporada do Show do Mês, fez subir ao palco Ruy Mingas, ainda teve tempo para interpretar “Tchipaleca” e Daniel Nascimento retomou com “Nguifangana” a versão de André Mingas, lembrando desta feita o irmão de Ruy.

    Para a parte final “Apolo 12” e depois, claro, “Marimbondo”, bem apreciados com uma sala em apoteose, num dueto entre Kizua Gourgel e Toty que não tinha apenas o público, o grupo Kituxi reforçou a percussão e com o União Mundo da Ilha no bailado. Como já referido, foi “Makezu” que fechou mesmo a noite.

    A escolha do concerto para o dia 27 de Abril não foi por acaso. Yuri Simão afirmou que o 25 de Abril, dedicado à Revolução dos Cravos, 1 de Maio, centenário de Liceu Vieira e 12 de Maio, da celebração do 80º aniversário de Ruy Mingas foram determinantes para a consumação do “Cantar Ruy Mingas 8.0”.

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