Cento e setenta e três casos de violência contra a criança foram registados pelo Instituto Nacional da Criança (INAC) na província do Bié, de Janeiro à presente data, menos 30 em relação a igual período de 2018.
Em declarações à Angop nesta segunda-feira, no Cuito, o responsável do INAC, Vasco Cambovo, manifestou-se preocupado com o surgimento de adultos que violam sexualmente crianças (muitas depois são mortas), tendo apelado à atenção especial dos órgãos de justiça.
Para além do acompanhamento psicológico prestado aos menores agredidos e aos progenitores, o INAC segue também a evolução dos processos-crime, através das instituições de direito, bem como promove palestras de sensibilização sobre os 11 compromissos do Governo angolano a favor da criança.
Entretanto, o representante do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) na região, Diofelo Kaingana, disse que a sua organização vai continuar a apoiar todas as acções viradas a promoção e protecção dos direitos da criança, desenvolvidas pelo governo.
São ainda estratégias do UNICEF, em defesa dos menores, segundo a fonte, a elaboração de procedimentos operacionais padrão, com vista a padronizar o atendimento nas instituições das crianças vítimas ou em situação de risco, através de metodologias participativas e de consulta inter-sectorial.
Para tal, o Unicef, em parceria com o sector da justiça na região, aposta igualmente na capacitação dos operadores de sistemas de garantia dos direitos da criança, bem como apoia o programa de registo de nascimento as crianças, mormente de famílias desfavorecidas.
Em 2018, o Unicef notificou 757 casos, entre quais consta a fuga a paternidade, violência física e psicológica, abuso sexual e trabalho forçado, mais 25 em relação ao período anterior.