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    Oposição cabo-verdiana “muito preocupada” com situação dos TACV, pede reestruturação

    A presidente do maior partido da oposição cabo-verdiana, Janira Hopffer Almada, disse, nesta terça-feira, estar “muito preocupada” com a situação da transportadora aérea pública do país, afirmando que é preciso realizar uma reestruturação na empresa para a sua venda.
    Oposição cabo-verdiana

    “Estamos verdadeiramente preocupados com a situação dos TACV. Concluímos que muito do que se tem dito não corresponde à verdade”, sustentou a líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).

    Janira Hopffer Almada falava à imprensa após uma reunião com o presidente do Conselho de Administração (CA) dos Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), José Luís Sá Nogueira, para preparar uma interpelação parlamentar ao Governo sobre os transportes no país.

    Segundo a líder partidária, que é também presidente do grupo parlamentar do maior partido da oposição, o ministro das Finanças, Olavo Correia, “faltou a verdade” ao afirmar que se gastava 300 milhões de escudos (2,7 milhões de euros) com os TACV no Governo do PAICV. “Isto não está reflectivo nas contas e foi o próprio presidente do CA que nos confirmou. Por uma questão de cautela já pedimos as contas de 2016 para podermos confirmar”, disse.

    Janira Almada afirmou que “o mais grave” é que em 11 meses do Governo do Movimento para a Democracia (MpD) a empresa já recorreu a 450 milhões de escudos em obrigações e 200 milhões de escudos em empréstimos, com o aval do Estado.

    Por isso, sublinhou que neste momento “não há visão nem estratégia” para os TACV, que o CA está apenas a fazer “gestão corrente para resolver problemas” e não assume qualquer responsabilidade em matéria de privatização.

    “Esta questão já ultrapassa a gestão dos TACV. É o país. É uma empresa que emprega cerca de 500 trabalhadores. A questão é muito importante para o Grupo de Ajuda Orçamental (GAO), porque há compromissos que já foram assumidos”, apontou.

    Janira Almada disse que a “solução verdadeira” para a empresa é a reestruturação para logo depois avançar para a sua privatização, como defendia o anterior Governo, do qual foi ministra.

    A também líder parlamentar notou que até hoje os cabo-verdianos não sentiram qualquer melhoria nos TACV, que “todos os dias” há notícias de voos cancelados, que não se sente a reestruturação e que a questão da privatização já foi arquivada.

    José Luís Sá Nogueira tomou posse como presidente do CA da transportadora aérea de Cabo Verde a 03 de maio do ano passado e sublinhou a necessidade de executar um plano de emergência para garantir o funcionamento da companhia, que é detida 100% pelo Estado.

    Já o ministro da Economia, José Gonçalves, anunciou a realização de uma auditoria técnica e financeira para apurar a situação da empresa, que acumulou, desde 2012, uma dívida de mais de 10 milhões de euros. (Asemana) por Lusa

    Fonte: Lusa

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