O grupo de produtores de petróleo OPEP+, tendo perdido Angola e outros atores nos últimos anos, está de olho na Namíbia para uma possível adesão, enquanto a Namíbia se prepara para ser o quarto maior produtor de petróleo de África na próxima década.
Com base nas descobertas existentes, a Namíbia espera atingir 700.000 barris por dia (bpd) de capacidade máxima de produção na próxima década.
Este valor é inferior à produção de Angola, de cerca de 1,1 milhões de bpd. Angola saiu da OPEP em dezembro do ano passado devido a um limite máximo de produção inferior ao esperado que recebeu da OPEP+, cujos membros estão a reduzir a produção para ajudar a apoiar os preços.
O foco inicial da OPEP+ seria ver a Namíbia aderir à sua Carta de Cooperação. O Brasil aderiu à carta em janeiro.
Eventualmente, a OPEP, o principal grupo exportador de petróleo que, juntamente com a Rússia e outros, forma a OPEP+, gostaria de ver a Namíbia tornar-se membro de pleno direito, disse NJ Ayuk, presidente executivo da Câmara Africana de Energia, que, segundo ele, esteve envolvida na facilitação das conversações entre os dois lados.
A OPEP iniciou a sua “ofensiva de charme”, disse ele, acrescentando que o resultado das negociações não é claro nesta fase.
O secretário-geral da OPEP, Haitham Al Ghais, foi citado em Fevereiro como tendo dito que a OPEP estava a manter conversações com vários países sobre a adesão à carta, sem os nomear.
Cerca de 2,6 mil milhões de barris de petróleo foram descobertos na Namíbia nesta década até agora, disse à Reuters Pranav Joshi, da consultora energética Rystad Energy.
Além da Total e da Shell, empresas como a Chevron , Rhino Resources, Eco Atlantic Oil & Gas e Galp Energia estão a conduzir atividades de exploração e avaliação.