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    ONG ucraniana acusa Roger Waters de defender anexação da Crimeia

    Co-fundador dos Pink Floyd deu uma entrevista a um jornal russo e as suas declarações sobre a anexação da Crimeia geraram polémica. Roger Waters falou ainda sobre o caso Skripal, que apelidou de “absurdo”.

    Antes de dar dois concertos na Rússia, Roger Waters cedeu uma entrevista ao jornal russo Izvestia e as declarações do músico britânico sobre a anexação da Crimeia não caíram bem em alguns sectores da sociedade ucraniana.

    O co-fundador dos Pink Floyd, conhecido pelo seu activismo político, afirmou que “muitos acordos e outros documentos” existentes justificam a reclamação russa pelo porto militar de Sevastopol, na Crimeia, declarações que foram entendidas como uma forma de justificação para a anexação da Crimeia por parte da Rússia em 2014.

    Roger Waters disse ainda que as acções de Moscovo foram “provocadas” pela queda do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych, muito próximo de Vladimir Putin. A queda de Yanukovych, disse Waters, foi “orquestrada” pelos Estados Unidos.

    Perante estas declarações, a organização não-governamental ucraniana Mirotvorets colocou o co-fundador dos Pink Floyd na sua lista negra, ao lado de nomes da cultura como o actor francês Gerard Depardieu ou o realizador e músico sérvio Emir Kusturica.

    Na mesma entrevista ao Izvestia, dá conta o Sputnik, Roger Waters referiu-se ainda ao caso Skripal como “absurdo”. “O ataque aos Skripal [pai e filha] não faz qualquer sentido e é claro para qualquer pessoa com apenas um metade do cérebro. Mas muitas pessoas nem sequer essa metade têm, e é por isso que que elas acreditam neste absurdo”, afirmou o músico britânico de 74 anos.

    Roger Waters toca esta quarta-feira em Moscovo e, na sexta-feira, em São Petersburgo. A tour ‘Us + Them’ , recorde-se, passou por Portugal no passado mês de maio. Nos dias 20 e 21 de maio, o co-fundador dos Pink Floyd marcou presença na Altice Arena, onde apresentou não só o seu último disco, ‘Is this the life we really want’, como tocou vários clássicos da lendária banda britânica, sempre com uma componente política e de activismo social bem presente. (Notícias ao Minuto)

    por Pedro Bastos Reis

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