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    ONG moçambicana quer medidas mais duras contra violadores

    O Ministério da Saúde de Moçambique registou 130 casos de violação durante a quadra natalícia. A Rede Contra o Abuso de Menores defende que os autores dos crimes sejam apresentados publicamente, como forma de dissuasão.

    Segundo a ministra da Saúde de Moçambique, Nazira Abdula, durante a quadra festiva do Natal e do Ano Novo o número de casos registados aumentou 24% em relação a dezembro de 2014 e janeiro de 2015, altura em que foram registados 91 casos.

    Em conferência de imprensa em Maputo, a governante reconheceu que a situação é preocupante, sobretudo porque metade dos casos de violacao tiveram como vítimas menores de 14 anos.

    “Grande parte dos estudos mostra que as relações inter-geracionais entre pessoas de sexo diferente, apesar de legalmente constituírem preocupação, socialmente ainda são toleradas”, afirma o diretor executivo da Rede Contra o Abuso de Menores em Moçambique, Carlos Manjate.

    Outra das causas do elevado número de casos de violação sexual de menores em Moçambique referidas pelo responsável desta organização não-governamental (ONG) é “a exposição de menores em lugares de risco, como praias, espectáculos nocturnos, barracas e discotecas”.

    Consequências traumáticas

    Carlos Manjate aponta algumas consequências que podem resultar da violação sexual de menores. “O quadro psicológico pode alterar-se por causa de um contacto traumático não desejado, que teve consequências físicas más, como uma gravidez ou um ferimento.

    O diretor executivo da Rede Contra o Abuso de Menores lembra também que o futuro da vítima pode ficar marcado por esse episódio traumático, podendo, por exemplo, resultar em perda de auto-estima.

    A Rede Contra o Abuso de Menores defende um conjunto de medidas para dissuadir contra a prática de violação sexual. A ONG moçambicana quer, por exemplo, que os indivíduos envolvidos em abusos sexuais “tenham rosto”, isto é, que sejam apresentados publicamente.

    “Há uma grande necessidade de todas as instituições envolvidas na área da Justiça serem mais ativas e dar exemplos que nos possam ajudar a dissuadir quem pratica esses atos”, apela Carlos Manjate. (DW)

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