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    OMS alerta seis países sobre novo surto de ébola

    A Organização Mundial da Saúde alertou seis países africanos para estarem atentos a potenciais casos de ébola. Conacri está com estoques de vacinas vencido e negoceia nova carga para combater o surto.

    A Organização Mundial de Saúde (OMS) não avançou quais foram os seis países que receberam o alerta sobre potenciais surtos de ébola, mas revelou que Libéria e Serra Leoa estão na lista. Ambos, assim como a Guiné-Conacri, sofreram com a epidemia da doença entre 2013 e 2016.

    “Já alertamos os seis países mais próximos, incluindo a Serra Leoa e a Libéria, e estes já estão a avançar muito rapidamente para se prepararem e estarem prontos para procurar quaisquer casos em potencial”, disse a porta-voz da OMS, Margaret Harris, nesta terça-feira (16.02).

    A Guiné-Conacri declarou um novo surto de ébola no domingo, no primeiro ressurgimento da doença no país desde 2016. Cinco mortes foram registadas e as autoridades identificaram mais de 100 pessoas que terão tido contato com infetados. “Agora não sabemos se o surto deve-se à persistência do ébola na população humana ou se simplesmente se está a deslocar novamente da população animal. A sequência genética que está em curso irá ajudar-nos com essa informação”, explica Harris.

    Por seu turno, RDC comunicou o ressurgimento do ébola no país no início de fevereiro – três meses depois de ter declarado o fim de outro surto da doença. Agora são quatro casos, incluindo duas mortes. As autoridades sanitárias já verificaram cerca de 300 pessoas que tiveram contato com infetados

    A porta-voz da OMS garantiu que o surto na RDC não tem relação com o da Guiné-Conacri: “Temos também um surto em curso na província congolesa de Kivu do Norte. Não há qualquer ligação entre os dois surtos, mas estão a decorrer ao mesmo tempo”.

    Equipas trabalham contra o ébola num hospital da RDC.
    (DR)

    Estoque de vacinas vencido
    As autoridades guineenses decretaram quarentena de 24 horas na região de Goueke, distante mil quilómetros ao sul de Conacri. Quando a doença foi anunciada na zona, os agentes de saúde constataram que os estoques de vacina estavam expirados desde dezembro de 2020, por as autoridades estão a contatar a OMS para novas doses.

    “De acordo com informações da OMS, as vacinas estarão disponíveis em Conakri dentro de 72 horas. Estamos em vias de reconstituir as equipas de trabalho, e as nossas equipas de reserva que estiveram na República Democrática do Congo poderão ser enviadas para Goueke. Para que no final da próxima semana a vacinação possa começar”, informou Sakoba Keita, director-geral da agência guineense de segurança sanitária.

    De momento, ainda não foi apresentada qualquer razão para explicar o regresso da epidemia de Ébola à Guiné. As autoridades de saúde enviarão equipas de investigação para o terreno para descobrir as verdadeiras causas do ressurgimento da doença.

    Um voo humanitário chegou na terça-feira (16.02) à noite a Nzérékoré onde doentes e casos ou contatos suspeitos devem ser tratados. Todos os agrupamentos em Goueke onde os primeiros casos foram relatados estão proibidos por um período até um mês.

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