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    Oi pode aprovar hoje venda da PT Portugal aos franceses da Altice

    (Foto: D.R.)
    (Foto: D.R.)

    O Conselho de Administração da Oi pode aprovar esta quinta-feira a venda da PT Portugal aos franceses da Altice.

    Três dias após a Oi ter confirmado que estava em negociações exclusivas  com a Altice para vender a PT Portugal, o Conselho de Administração da operadora brasileira poderá aprovar já hoje a venda da PT Portugal à empresa francesa.

    A informação está a ser avançada pela agência Bloomberg, que cita fontes não identificadas próximas da operação.

    A Altice ofereceu pela PT Portugal 7.400 milhões de euros. Neste valor estão incluídos 500 milhões de euros que só serão pagos se a PT Portugal atingir determinadas metas ao nível de receitas.

    Este valor é uma valorização da PT Portugal face à proposta inicial, já que nesta a Altice propunha-se a pagar 7.025 milhões de euros, mas 800 milhões eram diferidos e dependiam da geração de caixa e de receitas.

    Na corrida à compra da PT Portugal estava também o consórcio que reúne Apax, Bain e Semapa  que ofereceu 7.075 milhões de euros pela operadora portuguesa.

    A 28 de Novembro, os CTT fecharam um acordo com a Altice explorarem sinergias na PT Portugal. Os CTT não entrarão com dinheiro na oferta da Altice para comprar a PT Portugal, mas serão o parceiro estratégico e comercial da empresa francesa caso esta consiga comprar os activos portugueses da Oi.

    Os CTT receberão 15 milhões de euros logo que a Altice compre (se o conseguir) a PT Portugal e receberão mais 15 milhões com o acordo final. “Estes montantes representam uma antecipação do valor mínimo das sinergias a realizar no âmbito de uma mais vasta parceria comercial e estratégica”, explicou, na altura, a empresa liderada por Francisco Lacerda.

    Quem é a Altice?

    Em Portugal, a Altice começou a ser falada quando, em dois anos, comprou de uma assentada dois operadores no País. A Cabovisão e a Oni, que, respectivamente, tinham operações ligadas ao consumidor residencial e ao empresarial. Já tinha a Cabovisão e estava em processo de compra da Oni, quando João Zúquete da Silva, director-geral da Cabovisão, assumia em conferência de imprensa, que o objectivo era ser “o segundo operador de telecomunicações em Portugal no curto ou médio prazo”, mas não disse, em Junho de 2013, como conseguiria o feito.

    Agora a Altice surge como uma das principais interessadas na PT Portugal. Para comprar a empresa que detém a marca Meo precisará de muito mais do que os 500 milhões de euros que disse em 2012, estar disposta a investir em Portugal.

    O grupo Altice já se assume como multinacional cabo e telecomunicações com presença em França, Israel, Bélgica, Luxemburgo, Portugal, Suíça e Caraíbas.

    Saltou para os jornais internacionais quando adquiriu, em França, a SFR, a segunda maior operadora móvel em França, a seguir à Orange. Há quatro operadores móveis com infra-estruturas próprias no mercado gaulês. A SFR tem menos de 30% de quota no mercado móvel. A SFR tem também desenvolvido o projecto de internet de alta velocidade fixa. A SFR acabou por ser uma negócio avaliado em 17 mil milhões de euros, tendo já recebido luz verde para concretizar a compra.

    Em França, a Altice detém, ainda, a Numericable, que cotou em bolsa este ano, e que tem a rede de fibra óptica que cobre mais de cinco milhões de lares. A Altice detém 30% da Numericable, tendo a Carlyle 26,3%.

    Em Israel, detém a operadora Hot, que detém uma operação de cabo e móvel. No final de 2013, esta empresa tinha 1,127 milhões de clientes no cabo e 810 mil subscritores móveis.

    Na Bélgica e Luxemburgo detém a Coditel. Está também em Guadalupe, Martinica e República Dominicana.

    O grupo Altice é liderado por Patrick Drahi (na foto) que começou a sua carreira profissional no grupo Philips em 1988, passando depois pela Kinnevik-Millisat. Em 1993, fundou a CMA, uma firma de consultoria especializada em comunicações e media e ainda criou duas operadoras de cabo: a Sud Cable Services (1994) e a Media Reseaux (1995), que, no ano 2000, foi adquirida pela UPC.

    Arrancou com a Altice em 2002. Segundo a revista Forbes, Patrick Drahi está na posição 133 na lista de milionários, com uma fortuna avaliada em 9,4 mil milhões de dólares. Na Wikipédia, está descrito como empresário franco-israelita, nascido em Marrocos em 1963 e residente na Suíça. Alexandra Machado

    (jornaldenegocios.pt)

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