O Secretário Executivo da Conferência Sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), Ntumba Luaba, afirmou hoje (sábado), em Luanda, que nunca se esteve tão próximo de alcançar o objectivo da paz, segurança e estabilidade de forma definitiva para o leste da República Democrática do Congo (RDC).
Ntumba Luaba fez esta afirmação na sessão de abertura da reunião de consulta dos Chefes de Estado Maior General da CIRGL, órgão presidido pelo Chefe de Estado Maior General angolano Geraldo Sachipengo Nunda, e que antecede ao III encontro Ministerial Conjunto entre esta organização e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Ntumba Luaba referiu que para maior parte das pessoas envolvidas neste processo “quando se trata de segurança e estabilização do leste da RDC, pode-se dizer que nunca estivemos tão próximo de alcançar este objectivo que é o da paz, segurança e estabilidade de forma definitiva para o leste da RDC e, de modo geral, para a região dos Grandes Lagos”.
Disse que estas reuniões de consulta foram solicitadas pelos Chefes de Estado para que possam receber os relatórios sobre as FDLR.
“Trata-se de um relatório de meio percurso sobre o desarmamento voluntário desta forças que actuam na RDC, uma vez que decidiram ter uma avaliação de meio percurso, na sequência das decisões e recomendações tomadas pelas cimeiras especiais de Chefes de Estado e de Governo”, salientou.
O Secretário Executivo da CIRGL referiu que ela emana também das reuniões conjuntas dos ministros dos Negócios Estrangeiros e Defesa da SADC e CIRGL, cuja última reunião teve lugar em Nova Iorque (EUA), no mês de Setembro.
Porém, de acordo com Ntumba Luaba, constitui ainda preocupação as situações na RCA e no Sudão do Sul, daí que “precisa-se agora de pôr fim a tudo isso e de parar com as forças negativas, especialmente os FDLR e outros grupos como os Mai Mai”.
Deu a conhecer que o Mecanismo Conjunto de Verificação na RDC foi alvo de uma ataque durante uma missão na parte sul de Kivo, por parte de dois grupos Mai Mai, que vitimaram um membro das forças armadas congolesas.
Os resultados se podem constatar hoje e que indicam a normalização da situação, acrescentou, adiantando que devem-se aos Estados membros que têm demonstrado o seu empenho e também ao envolvimento da comunidade internacional, que tem dado muito apoio, bem como às acções no terreno das Forças Armadas da RDC e ao apoio da missão da ONU neste país.
“Deve-se encorajá-la a prosseguir com este trabalho e preciso reconhecer o sacrifício que empreenderam”, disse.
Lembrou que a lideranças dos presidentes da região tem sido igualmente bastante importante, especialmente do estadista angolano, José Eduardo dos Santos.
Neste momento irão analisar o relatório do Mecanismo sobre a situação na RDC.
Nas suas palavras de boas vindas às delegações presentes, o Chefe do Estado Maior General das FAA, Geraldo Sachipengo Nunda, que preside a este órgão referiu que a ocasião deve ser bem aproveitada por todos. (portalangop.co.ao)
