Os líderes da NATO vacilam mas sem alterar o calendário oficial de retirada dos 130 mil soldados estrangeiros do Afeganistão.
Na declaração final da cimeira de Chicago, que termina hoje, os responsáveis decidiram avançar para meados de 2013 o fim das operações de combate.
As tropas deverão, no entanto, manter-se no terreno até ao fim de 2014, unicamente para prestar formação e assistência ao exército afegão.
Para o presidente norte-americano, Barack Obama, trata-se de “uma nova etapa na transição, uma vez que as forças afegãs irão assumir a responsabilidade de todas as operações militares já em 2013”.
O anúncio ocorre duas semanas depois das tropas afegãs assumirem a segurança de 75% do território.
Fora do acordo fica a França que deverá retirar as suas tropas até ao final do ano, como prometido pelo novo presidente François Hollande.
A NATO discute ainda uma nova missão para 2015 centrada apenas na formação e assessoria das forças afegãs.
Nas ruas de Cabul, os habitantes acompanharam com algumas reservas os anúncios de Chicago:
“Se a comunidade internacional der mais atenção à nossa situação económica para melhorá-la, ninguém vai tomar as armas para desestabilizar o país, porque o nosso maior problema é a economia”.
“Estamos contentes com o resultado da cimeira de Chicago de apoiar o governo afegão para mostrar ao mundo que o Afeganistão não está sozinho e que a NATO não vai abandonar o Afeganistão”.
Os líderes dos países da Aliança Atlântica lançaram igualmente um apelo ao Paquistão para que reabra o território à passagem das tropas da NATO, depois de seis meses de bloqueio como represália contra a morte de vários soldados paquistaneses num bombardeamento aliado.
Fonte: EURONEWS