Angop
Sete dias é o prazo fixado, sexta-feira, para que os moto-taxistas em Mbanza Kongo, província do Zaire, legalizem a actividade.
O ultimato foi lançado pelo novo comandante da polícia nacional, comissário Manuel Francisco Gonçalves, num encontro com os utentes de moto táxis, promovido pela administração local.
A polícia nacional quer, com essa medida, disciplinar a actividade de moto-táxis e exigir que se observe as boas regras de convivência social e condução.
Aconselhou os motoqueiros a aderirem a Associação dos Motoqueiros de Angola (Amotrang) para que beneficiem de uma formação gratuita em matéria de código de estrada, com início previsto para os próximos dias.
Explicou que a formação dará direito a certificados e cartas de condução para as motorizadas de maior cilindrada, que os habilitara a exercer a profissão.
Para o administrador municipal adjunto para o sector político, social e comunitário, Manuel Nsiansoki Gomes, o desconhecimento das regras do código de estrada, por parte de muitos motoqueiros, tem sido uma das principais causas de acidentes de viação na localidade, que resultam em perdas de vidas humanas e danos materiais.
Apontou, como exemplo, a ocorrência de 65 acidentes envolvendo motorizadas, durante o primeiro trimestre do presente ano, que resultaram em 12 mortes e 92 feridos.
O não uso de capacetes, o excesso de lotação e o transporte de passageiros em motorizadas de três rodas são, entre outras práticas, que a administração de Mbanza Kongo quer ver erradicadas.
Embora reconheça a importância do serviço prestado pelos moto-taxista, o responsável quer que a actividade seja realizada com civismo, segurança e urbanidade.
Por sua vez, o dirigente da AMOTRANG no Zaire, Manuel Fernandes Júnior, prometeu criar cinco postos de atendimento para facilitar a inscrição de novos membros, em Mbanza Kong, em resposta ao apelo da polícia nacional.
A nível do Zaire, a Amotrang tem o registo de 919 membros, 316 dos quais em Mbanza Kongo, capital da província.