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    Moçambique: Polícia dispersa protesto com gás lacrimogéneo

    A polícia moçambicana fez esta sexta-feira vários disparos de gás lacrimogéneo sobre milhares de pessoas que se manifestam em Maputo contra os resultados das autárquicas anunciados pela Comissão Nacional de Eleição.

    Os manifestantes participam numa marchaconvocada pelo cabeça-de-lista da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO, maior partido da oposição) à autarquia de Maputo, Venâncio Mondlane, que reclama ter vencido aquela eleição, em 11 de outubro, e tentaram seguir, na avenida 24 de Julho, em direção às instalações do Conselho Constitucional.

    Nessa altura, cerca das 11:30 locais, a marcha foi travada com o posicionamento de vários veículos blindados da polícia e depois pelo lançamento de gás lacrimogéneo, ao que os manifestantes responderam com o arremesso de pedras.

    Pelo menos uma pessoa ficou ferida, atingida durante o lançamento de gás lacrimogéneo pela polícia, constatou a Lusa.

    Naquela avenida central de Maputo o trânsito está hoje fortemente condicionado pela polícia e a maioria do comércio está encerrada.

    O candidato da RENAMO em Maputo, Venâncio Mondlane, apelou à população para “parar tudo” hoje, protestando contra o “homicídio da democracia”, face ao anúncio de vitória eleitoral da Frelimo em praticamente todos os municípios do país.

    “Paramos com toda a atividade pública e privada [na sexta-feira]”, apelou Venâncio Mondlane, numa mensagem divulgada pouco depois de Carlos Matsinhe, presidente da CNE, ter anunciado, ao final da tarde de quinta-feira, a vitória da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) em 64 das 65 autarquias nas eleições autárquicas de 11 de outubro, incluindo Maputo, confirmando os resultados de apuramento intermédio, fortemente contestados por observadores, organizações da sociedade civil e partidos da oposição.

    Carlos Matsinhe, que leu a ata dos resultados a partir da capital, afirmou que oito membros daquele órgão votaram a favor do apuramento geral do escrutínio, cinco contra e dois abstiveram-se, incluindo o próprio presidente da instituição, segundo a Renamo.

    Vários tribunais em todo o país chegaram a anular procedimentos, incluindo três em Maputo, e a mandar repetir o processo eleitoral nos últimos dias, mas os resultados anunciados pela CNE mantiveram-se praticamente inalterados face ao apuramento intermédio.

    Por LUSA

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    FonteDW

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