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    EUA impõem novas sanções ao Hamas e a membros da Guarda Revolucionária do Irão

    Os Estados Unidos nesta sexta-feira emitiram uma segunda rodada de sanções contra o grupo palestino Hamas, após seu ataque a comunidades israelenses neste mês, incluindo uma autoridade do Hamas no Irão e membros da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão.

    O Departamento do Tesouro dos EUA disse em um comunicado que as medidas visavam ativos adicionais em uma carteira de investimentos do Hamas e pessoas que facilitavam a evasão de sanções por empresas afiliadas ao Hamas.

    Uma entidade sediada em Gaza que, segundo o Tesouro, serviu de canal para envio de fundos iranianos ilícitos para o Hamas e para o grupo Jihad Islâmica Palestina também foi alvo, informou o departamento. O Irão apoia o Hamas e outros grupos militantes no Oriente Médio.

    “A ação de hoje ressalta o compromisso dos Estados Unidos com o desmantelamento das redes de financiamento do Hamas, aplicando nossas autoridades de sanções antiterrorismo e trabalhando com nossos parceiros globais para negar ao Hamas a capacidade de explorar o sistema financeiro internacional”, disse o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, no comunicado.

    “Não hesitaremos em tomar medidas para degradar ainda mais a capacidade do Hamas de cometer ataques terroristas horríveis, visando implacavelmente suas atividades financeiras e fluxos de financiamento.”

    Israel bombardeou a Faixa de Gaza, densamente povoada, após o ataque do Hamas em 7 de outubro contra comunidades no sul de Israel.

    Segundo Israel, o Hamas matou cerca de 1.400 pessoas, incluindo crianças, e fez mais de 200 reféns, alguns deles bebês, no ataque.

    O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse na quinta-feira que 7.028 palestinos foram mortos nos ataques aéreos de retaliação de Israel, incluindo 2.913 crianças.

    A Reuters não conseguiu verificar os números de forma independente.

    A ação de sexta-feira congela todos os bens dos alvos nos EUA e, em geral, impede que os norte-americanos negociem com eles. Aqueles que se envolverem em determinadas transações com os sancionados também correm o risco de serem atingidos por sanções.

    O Tesouro disse que impôs sanções a um cidadão jordaniano que vive na capital iraniana, Teerão, e que, segundo o Tesouro, atua como representante do Hamas no Irão, bem como a autoridades da Força Qods da Guarda Revolucionária Islâmica que treinam e auxiliam membros do Hamas e de outros grupos militantes.

    Um comandante da Brigada de Forças Especiais Saberin da Força Terrestre da Guarda Revolucionária do Irão, sediada na República Islâmica, também foi alvo. O Tesouro dos EUA disse que a Brigada Saberin foi enviada para a Síria e forneceu treinamento ao Hamas e a membros do Hezbollah, com sede no Líbano.

    Empresas sediadas no Sudão e na Espanha também foram alvo das medidas desta sexta-feira, assim como os acionistas sediados na Turquia de uma empresa anteriormente designada como parte da carteira de investimentos do Hamas.

    Os Estados Unidos afirmaram que a carteira de investimentos do Hamas, estimada em centenas de milhões de dólares, inclui empresas que operam na Turquia, bem como no Sudão, na Argélia, nos Emirados Árabes Unidos e em outros lugares.

    A violência deste mês gerou temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio.

    As Forças Armadas dos EUA realizaram na quinta-feira ataques contra duas instalações no leste da Síria usadas pela Guarda Revolucionária do Irão e por grupos apoiados por ela, informou o Pentágono, em resposta a uma série de ataques contra as forças dos EUA no Iraque e na Síria.

    Com o aumento da tensão em relação ao conflito entre Israel e Hamas, as tropas norte-americanas e aliadas foram atacadas pelo menos 12 vezes no Iraque e quatro vezes na Síria por forças apoiadas pelo Irão.

    Por Daphne Psaledakis

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    FonteREUTERS

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