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    Missão da União Europeia já repeliu 11 ataques dos Houthis no Mar Vermelho

    Este é o primeiro balanço da missão Aspides, lançada há menos de dois meses.

    11 ataques repelidos e 16 navios escoltados no Mar Vermelho pelas embarcações da operação da União Europeia “Aspides”: Esta é a primeira avaliação da missão que foi lançada há menos de dois meses para proteger o comércio no canal do Suez.

    Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, os rebeldes Houthi lançaram 80 ataques contra navios comerciais no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, alguns dos quais com vítimas. O grupo rebelde, apoiado pelo Irão, considera Israel um inimigo e estes ataques uma resposta à guerra.

    Por causa desta situação, os navios de mercadorias precisam agora de mais 10 a 14 dias de viagem para chegar à Europa e os custos duplicaram. Por isso, a UE iniciou a operação “Aspides”.

    Diz Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia: “Os Houthis posicionam-se claramente – não é segredo – como defensores da causa palestiniana. Isso, certamente, deu-lhes uma popularidade crescente no mundo muçulmano em geral. Da nossa parte, queremos apenas garantir a liberdade e a segurança da navegação. Esperamos poder controlar esta situação e que ela não se expanda para uma zona geográfica mais alargada”.

    Os Houthis posicionam-se claramente como defensores da causa palestiniana e isso deu-lhes uma popularidade crescente no mundo muçulmano.
    Josep Borrell
    Chefe da diplomacia da União Europeia

    13% do comércio mundial passa pelo Mar Vermelho. Devido aos ataques, atualmente apenas metade dos 70 navios que passavam diariamente estão a atravessar o canal de Suez. Quatro Estados-membros têm fragatas na zona e 19 estão a contribuir para a operação.

    Até à data, os navios europeus abateram nove veículos aéreos não-tripulados, uma embarcação de superfície não-tripulada e quatro mísseis balísticos. O mandato do Aspides é claramente defensivo: acompanhar os navios e protegê-los de ataques.

    O comandante de operações explica que só podem responder a ataques e não iniciá-los: “Não estamos a atacá-los, embora pudéssemos, mas temos um mandato diferente. Se considerarmos, do ponto de vista militar, que o que estamos a fazer é o pior dos casos, este é o caminho mais difícil. Temos de esperar numa postura defensiva. Há que ter isso em conta. Somos pacientes e mantemo-nos fiéis ao nosso mandato”, diz Vasilios Gryparis, comandante da Operação Aspides da EUNAVFOR.

    Ao fim de quase dois meses, o comandante diz que há uma melhor coordenação com as outras operações na área, como a Operação Prosperity Guardian, protagonizada sobretudo pelos Estados Unidos.

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