As áreas de especialidade do hospital Central do Lubango António Agostinho Neto já não vão encerrar depois de ter retomado, de forma faseada, o pagamento de oito meses de salários em atraso para com os médicos russos, pelo Ministério da Saúde.
Desde Novembro de 2017 os 29 médicos russos que laboram na instituiçao ameaçavam abandonar o local por falta de pagamento dos seus salários.
Trata-se de 29 especialistas russos nas áreas de cirurgia geral, medicina interna, obstetrícia, pediatria, neurocirurgia, anestesia, maxilo-facial, cirurgia pediátrica, queimados, cuidados intensivos e oftalmologia.
O director do gabinete provincial da saúde na Huíla, Eleutério Hivilikwa, informou que o contrato dos referidos médicos foi feito com o Ministério da Saúde e uma empresa russa privada, encarregue de fornecer médicos do seu país para Angola.
Devido a conjuntura económica do país, o Ministério da Saúde viu-se impossibilitado de cumprir com os acordos, principalmente no pagamento de salários, uma situação que se alastrou desde 2016.
“Os recursos tornaram-se insuficientes, impedindo que pudéssemos cumprir com o que tínhamos acordado com os médicos. Fomos pagando aos poucos, mais havia ficado oito meses o que levou com que os médicos fizessem uma reclamação solicitando a resolução imediata do caso”, acrescentou.
De acordo com Eleutério Hivilikwa, os médicos continuam a trabalham normalmente, realçando estar garantida o atendimento aos pacientes.
O responsável frisou a necessidade de se formar quadros locais nessas especialidades, para não se depender exclusivamente dos médicos estrangeiros.
A Huíla tem 24 médicos nessas especialidades em formação durante cinco anos, dentro e fora do país.
A província conta igualmente com 22 médicos de nacionalidade cubana que trabalham no Hospital Central, Maternidade, Pediatria e Matala. (Angop)
