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    Ministra angolana anuncia que kwanza vai passar a ser aceite na China

    A ministra do Comércio, Rosa Pacavira (Foto: D.R.)
    A ministra do Comércio, Rosa Pacavira
    (Foto: D.R.)

    A ministra do Comércio de Angola, Rosa Pacavira, anunciou que foi alcançado um acordo monetário com a China para aceitação das respetivas moedas em ambos os países, facilitando as importações angolanas.

    “O kwanza vai valer na China, o renminbi [moeda chinesa ou yuan] vai valer aqui em Angola”, disse a ministra, sobre aquele que será um dos resultados dos recentes acordos estabelecidos entre os governos dos dois países.

    Numa altura em que a quebra das receitais fiscais com a exportação de petróleo está a afetar o mercado cambial, devido à redução da cotação internacional do barril de crude e na entrada de divisas no país, esta medida, admitiu a ministra do Comércio, levará a um aumento das compras à China.

    Isto porque as importações angolanas são feitas essencialmente em dólares norte-americanos, cujas reservas do país estão em quebra há vários meses devido à crise do petróleo, pelo que um acordo para aceitação recíproca da moeda dos dois países permitirá ultrapassar essas dificuldades, mas aumentando às compras à China.

    “Nenhum país aceitou fazer isso, só foi a China. Isto é um dos grandes benefícios. A moeda vai valer em ambos os países”, sublinhou a ministra, num evento realizado na segunda-feira em Luanda, referindo-se às facilidades decorrentes do novo “acordo monetário”.

    “Como Ministério do Comércio, nós temos que ver a qualidade dos produtos que vêm da China, para podermos também ter aqui produtos de qualidade”, disse ainda Rosa Pacavira.

    O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, visitou a China em junho passado, tendo então sido anunciado um reforço do apoio financeiro chinês a Angola, mas em montante não revelado por ambas as partes.

    Oposição angolana e vários economistas nacionais têm vindo a público exigir informação sobre o conteúdo dos novos acordos com a China, que estende o entendimento em vigor desde 2004, sobretudo para financiar a recuperação do país após quase trinta anos de guerra civil. (Lusa)

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