O presidente americano, Barack Obama, disse neste sábado que os Estados Unidos tinham chegado à conclusão de que a solução de dois Estados no Médio Oriente inclui potencialmente as garantias necessárias para a segurança de Israel.
O general John Allen, conselheiro especial para Médio Oriente, “chegou à conclusão de que é possível alcançar uma solução de dois Estados que garanta as necessidades essenciais de segurança dos israelitas”, afirmou o presidente americano no fórum anual do centro Saban para a política do Médio Oriente em Washington.
“É a sua conclusão, embora a decisão final não seja dele”, disse.
O general Allen se reuniu na quinta-feira com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, junto com o secretário de Estado, John Kerry, que relançou as negociações de paz no final de Julho para os próximos nove meses.
Allen e Kerry, que trabalham em contacto com especialistas em defesa de Israel, debateram com Netanyahu “os desafios em matéria de segurança que os israelitas enfrentam”, declarou a porta-voz adjunta da diplomacia americana, Marie Harf.
O primeiro-ministro israelita afirmou que qualquer acordo de paz deve permitir a Israel “se defender por si mesmo, com suas próprias forças”.
Netanyahu exige especialmente que um futuro Estado palestino seja desmilitarizado e que Israel possa manter uma presença militar de longo prazo na fronteira com a Jordânia.
Já os palestinos insistem no fim da ocupação de seu território, mas aceitam a mobilização de uma força internacional. Essa opção é rejeitada por Israel.
O Departamento de Estado afirmou que Kerry vai se reunir com seu colega israelita Avigdor Lieberman na manhã de domingo em Washington.
O chefe da diplomacia israelita afirmou no sábado que considera pouco provável que as negociações de paz entre ambas as partes levem a um entendimento em nove meses, mas ressaltou que é importante que o diálogo seja mantido. (swissinfo.ch/AFP)