A requalificação das zonas adjacentes aos sítios e monumentos históricos de Mbanza Kongo, província do Zaire, no âmbito da realização da primeira edição do Festival Internacional da Cultura e Artes (Festikongo), de 5 a 8 de Julho deste ano, estão já na sua fase conclusiva.
As obras incluem a criação de zonas verdes e pavimentação de passeios ao redor de Kulumbimbi, para além da instalação de um sistema de iluminação no recinto da Sé Catedral e do Cemitério dos Reis do Kongo.
A iluminação do Jardim do Museu dos Reis do Kongo também foi melhorada, de acordo com o director do Gabinete Provincial da Cultura, Juventude e Desportos, Turismo e Hotelaria, Biluka Nsakala Nsenga.
O responsável apontou, igualmente, ao trabalho de limpeza nas ruínas do antigo museu dos reis (Tadi-dia-Bukikwa), entre outras acções que visam a criação para tornar os sítios mais atractivos aos visitantes.
Em declarações à Angop, o também vice-presidente do Comité de Gestão participativa do Sítio Histórico de Mbanza Kongo, criado por Decreto Presidencial, destacou a comparticipação dos empresários do ramo hoteleiro para alojar condignamente os forasteiros.
Neste âmbito, informou estarem disponíveis mais de 300 quartos em hoteis, residências e unidades similares da cidade de Mbanza Kongo.
A componente de limpeza e saneamento básico também está assegurada, tendo destacado o envolvimento dos munícipes neste quesito, de modo a preparar a cidade para este grande evento cultural.
Os agentes culturais locais, das mais diversas manifestações artísticas, estão igualmente a preparar-se, segundo Biluka Nsenga, que avançou parte do programa deste festival que contará com a participação de caravanas artísticas da República Democrática do Congo, Congo Brazzaville e do Gabão.
O primeiro dia (5 de Julho) do certame estará reservado para o festival de música, seguindo-se a dança tradicional, no segundo dia, a música gospel fará morada na terceira jornada, ao passo que, para o encerramento, no dia 8 de Julho, está agendado um espectáculo músico-cultural.
O interlocutor informou que, para além do Zaire, a caravana angolana será integrada por agentes culturais das demais províncias do país, que deverão exibir o que de melhor Angola oferece em termos de música, dança, culinária, artesanato, pintura, entre outras artes.
O sítio histórico de Mbanza Kongo ostenta a categoria de Património Cultural da Humanidade desde 8 de Julho de 2017, atribuída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura(UNESCO) .
Mbanza Kongo foi a capital do antigo Reino do Kongo, que abarcava o noroeste de Angola incluindo Cabinda, à República do Congo, à parte ocidental da República Democrática do Congo (RDC) e à parte centro-sul do Gabão.
A actual capital da província do Zaire conta com cinco bairros: Sagrada Esperança, Álvaro Buta, Martins Kidito, 4 de Fevereiro e 11 de Novembro, com uma população estimada em 155 mil e 174 habitantes.
O português e o Kikongo (língua materna) são os idiomas mais falados na localidade, incluindo também o Lingala, dialecto originário da RDC, dada a proximidade com este país.