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    Massacre de Cassinga dá origem a memorial

    O projecto de construção do memorial histórico de Cassinga, no município da Jamba, Huíla, às vítimas do massacre de 4 de Maio de 1978, vai ser uma realidade dentro de meses, informou ontem a directora provincial da Cultura na Huíla.
    Marcelina Gomes assegurou que as negociações para a construção do referido monumento já estão em fase avançada e adiantou que o projecto, além do memorial, inclui a reabilitação de toda a vila de Cassinga, de maneira a poder valorizar o sítio e torná-lo um local histórico.
    A direcção da Cultura pretende ainda efectuar a recolha de todo o material histórico e cultural da região. “Queremos ter todo esse acervo num museu local, onde os habitantes do município possam ver a riqueza da tradição e os jovens tenham um lugar de memória comum”, disse.
    Marcelina Gomes lamentou também o facto de muitas vezes as pessoas, particularmente os jovens, não darem muita importância ao memorial ou à história de Cassinga. “Porém, a nível internacional, a localidade está inscrita nos anais da história dos crimes contra a humanidade”, destacou.
    Cassinga é um exemplo impar no mundo da identidade dos angolanos, salientou. “Nesta localidade foram forjados, antes e depois do massacre, os ideais de liberdade e de defesa da angolanidade que um dia culminaram na independência”, adiantou.
    “Pensando no eco que o massacre de Cassinga teve a nível internacional e os prejuízos causados ao país, não só do ponto de vista material, mas essencialmente do ponto de vista humano, pensamos que esta localidade, invadida pelos sul-africanos, deve ser um sítio histórico”, disse.
    O projecto foi bem acolhido pelo governador da província, João Marcelino Tyipinge, e agora mantêm-se as negociações para que o local, e não só os túmulos, seja transformado num marco histórico para os angolanos, mas também para os namibianos, que também sofreram inúmeras baixas durante o massacre de Cassinga.

    Marcelina Gomes explicou ainda que, devido à abrangência e dimensão histórica do local, as conversações deixaram de ser locais, para incluírem os Ministérios da Cultura e Defesa Nacional de Angola e Namíbia.

    Fonte: JA

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