As autoridades de Kolwezi, província do Lwalaba (Sudeste), proibiram terça-feira, 23, as manifestações públicas, três dias antes da visita programada do antigo governador de Katanga, Moise Katumbi Chapwe, noticia a AFP.
Num comunicado, a administradora da cidade, Véronique Upite justificou a proibição com o facto de se preservar a paz na região, até novas ordens.
“Por razões evidentes, lamento não autorizar tais manifestações”, respondeu Véronique Upite, a um pedido visando coordenar o acolhimento do opositor Moise Katumbi, e líder do Ensemble que, segundo a administradora, membro da plataforma FCC, de Joseph Kabila, diz não estar na lista dos partidos e plataformas políticas da vila de Kolwezi.
Regressado em Maio último de um exílio de três anos que lhe foi imposto pelo então regime Kabilista, Katumbi ainda não visitou uma outra cidade do Congo, além de LUbumbashio, província do Alto Katanga, considerado seu bastião, onde foi acolhido por milhares de militantes e simpatizantes.
Actualmente, é o coordenador rotativo da plataforma da oposição Lamuka, que apoiou a candidatura presidencial de Martin Fayulu, na eleição de 30 de Dezembro de 2018, ganha por Félix Thsisekedi.
Face ao Presidente Tshisekedi, ligado a um pacto de governação com Joseph Kabila, prometeu encarnar uma oposição “exigente” e republicana.
Katumbi foi aliado de Kabila, ate Novembro de 2015, e governador da província de Katanga, de 2017 ate aquele ano.
Depois de se desentenderam, aproveitando-se do artigo 2 da Constituição congolesa, Kabila dividiu Katanga em quatro províncias, nomeadamente ao do Tanganyika (capital Kalemi); do Alto Katanga (capital Lubumbashi); do Lualaba (capital Kolwezi) e do Alto Lomani (capital Kamina), deixando-o sem função.