Estudantes do curso de enfermagem geral do Instituto Superior Politécnico de Malanje (ISPM) consideraram hoje (terça-feira), nesta cidade, que a mulher africana e a angolana em particular atingiu nos últimos tempos um crescimento social e emancipação a vários níveis, ombreando ao lado dos homens.
Essa posição foi manifestada por ocasião do dia da mulher africana, que hoje se assinala, para a qual alguns entrevistados pela Angop alegam que a mulher constitui um pilar fundamental para o desenvolvimento da sociedade, porquanto contribui directamente nas tarefas das nações.
Os estudantes foram unânimes em afirmar que a mulher tem crescido em vários sectores, como na formação académica, assumpção de cargos políticos e posições de destaque nas sociedades africanas, o que até então não era visto, uma vez que eram submissas aos homens.
A estudante do II ano do curso de enfermagem do ISPM, Ana Carvalho sublinhou que a mulher actual está inserida em todas as áreas dinâmicas sociais, destacando que tem sabido ganhar o seu espaço enquanto mãe e membro integrante da sociedade.
“A mulher actual não quer se excluir socialmente como era antigamente doméstica e muitas vezes maltratada pelo homem e submetida a violência física e verbal”, frisou.
O estudante do I ano de enfermagem geral da mesma instituição, Macotino Estêvão, realçou que das situações que a mulher ultrapassou, destaca-se a descriminação em relação a sua capacidade intelectual e sua competência, apesar de ainda se registar algum grau de inferioridade diante dos homens, que deve ser combatido.
Disse por outro lado, ser necessário compreender que a igualdade de género que hoje se fala deve ser concretizada com acções, dando-se mais oportunidades a mulher para a manifestação das suas responsabilidades e suas aspirações.
Por sua vez, o estudante do I ano do curso de enfermagem, António Daniel disse que a apreciação sobre a mulher hoje é positiva, na medida em que observa-se grande progresso do género, ao assumir-se papéis múltiplos, como o de ser mãe, esposa, professora entre outros.
Frisou ser imprescindível que a mulher continue a primar para a elevação da sua formação académica com vista a contribuir cada vez mais no progresso da comunidade.
Enquanto isso, a directora do gabinete provincial da acção social, família e igualdade de género, Fátima Paulo, considerou fundamental que a mulher saiba conciliar os papéis a que lhe é confiado, para que possa crescer profissional e socialmente, mas sem se esquecer das suas responsabilidades enquanto mãe, de velar para a estabilidade e coesão da família. (Angop)