Alguns pedestres da capital afirmaram nesta segunda-feira, em Luanda, que a circulação rodoviária não tem sido pacífica devido ao comportamento de alguns condutores, principalmente dos taxistas, que desrespeitam, em grande medida as normas de trânsito.
Em declarações à Angop, a propósito da mobilidade rodoviária em Luanda, o pedestre Mariano Pedro frisou que “se de um lado, as obras intermináveis e menos conseguidas têm a sua contribuição no caos reinante no trânsito da cidade capital, o comportamento indisciplinado e quiçá, de falta de educação da maior parte dos taxistas e de alguns condutores, fazem doer a cabeça de quem, dia-a-dia, faz-se à rua para os mais variados motivos”.
Acrescentou que já se pode considerar o trânsito como um fenómeno social, pelo que se devem engendrar medidas para mitigar ou mesmo resolver o problema. “Reconheçamos que as soluções visadas e algumas delas já em implementação, uma vez concluídas, certamente que veremos ou teremos uma circulação e um trânsito com menos dificuldades e entraves, portanto, mais fluído”, disse.
Isabel Martins, pedestre, afirmou que a entrada em funcionamento do transporte marítimo e do sistema BRT, um sistema que consiste na criação de vias para a circulação exclusiva de transporte de passageiros, serão óptimas prendas para os luandenses que vivem ribeirinhos à costa e, de certa forma para todos que deles necessitarem.
Acrescentou que sonhar não é proibido e mais uma vez vai-se dar crédito aos propósitos avançados pelo Executivo na solução deste problema.
Roberto dos Santos salientou que as obras inacabadas nas vias primárias, secundárias e terciárias, degradação do asfalto nas ruas alternativas, estradas estreitas e sem condições para circulação e falta de iluminação comprometem a fluidez do trânsito.
Referiu que a capital angolana tornou-se nos últimos doze anos um verdadeiro “canteiro de obras”, algumas de restauração, outras de conservação dos edifícios no país muitas vezes originando danos que deixam em risco a vida dos moradores, porém, o certo é que a duração das construções concorre para difícil circulação de automóveis e para falta de estética em alguns pontos da cidade.
Rafael Gaspar disse que vive em Cacuaco e todos os dias levanta-se as quatro da manhã para chegar cedo no seu local de trabalho, que fica bem no centro da cidade.
Para ele, o congestionamento do trânsito em Luanda é uma grande “dor de cabeça” e está ligado a má arquitectura das estradas e falta de mais vias alternativas.
Lembrou que o mau estado de conservação de algumas principais vias de Luanda além de contribuírem para o engarrafamento concorrem também para a sinistralidade rodoviária.
O automobilista Samuel Gaspar está preocupado com as diversas situações que considera anormais e com as quais se depara em algumas vias de Luanda entre as quais, o prolongado tempo das obras de restauração das vias, o tráfego lento, a falta de iluminação, que de noite provoca acidentes rodoviários mortíferos, entre outras.
Para ele, reparar a sua viatura duas a três vezes por semana começa a ser normal, devido aos buracos que grassam grande parte das ruas.
O automobilista Marcos André “Nagrelha” relaciona o estado das estradas (iluminação, degradação e sinalização) com os acidentes rodoviários, segunda maior causa de mortes em Angola. .
Desesperado e indignado com esta situação, o automobilista pediu celeridade nas obras de restauração das vias alternativas da capital angolana.
O pedestre Nunes Augusto falou em excesso de passividade dos automobilistas que por lei são obrigados a pagar uma taxa anual de circulação sob pena de sofrerem a mão pesada do estado em caso de incumprimento, estes (automobilistas) devem exigir a quem de direito melhores condições para circulação nas estradas.
Simão Barbosa, pedestre, afirma que independentemente das irregularidades das infra-estruturas a maioria acontece por falta de prudência dos automobilistas. (portalangop.co.ao)