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    Líderes prometem isolar e aplicar novas sanções contra a Rússia após anexação da Crimeia

    O primeiro ministro da Crimeia, Serguei Axionov, o presidente do parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov, o presidente russo, Vladimir Putin, e o prefeito de Sebastopol, Alexei Chaliy, celebram a anexação da Crimeia e de Sebastopol à Rússia. (Reuters)
    O primeiro ministro da Crimeia, Serguei Axionov, o presidente do parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov, o presidente russo, Vladimir Putin, e o prefeito de Sebastopol, Alexei Chaliy, celebram a anexação da Crimeia e de Sebastopol à Rússia.
    (Reuters)

    As reacções da Ucrânia e da comunidade internacional foram imediatas após o anúncio do presidente Vladimir Putin de que a partir desta terça-feira (18) a Crimeia e a cidade de Sebastopol, que tem um status particular, fazem parte da Federação Russa. Líderes políticos lamentaram uma decisão que irá “isolar” o país e ser alvo de novas sanções. A Grã-Bretanha anunciou a suspensão da cooperação militar com Moscovo e os Estados Unidos denunciaram um “confisco de território”.

    “A Rússia apresentou um painel de argumentos para justificar o que nada mais é do que um confisco de território”, declarou o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Varsóvia, onde se encontra em visita oficial. “O isolamento político e económico da Rússia só deve aumentar se continuar no mesmo caminho, e ela verá certamente novas sanções por parte dos Estados Unidos e da União Europeia”, acrescentou.

    O governo britânico decidiu suspender toda a cooperação militar com a Rússia, anunciou nesta terça-feira o chefe da diplomacia William Hague, em represália à decisão de Moscovo de anexar a Crimeia a seu território.

    “Nós suspendemos toda cooperação militar”, declarou Hague diante dos deputados britânicos, explicando que a medida atinge principalmente as licenças de exportação em curso. Além disso, a decisão cancela as visitas entre altos responsáveis militares dos dois países, um exercício naval previsto este ano em conjunto com a França e os Estados Unidos, e ainda uma reavaliação de um acordo de cooperação técnica. Hague disser lamentar que a Rússia tenha escolhido o “caminho do isolamento”.

    O presidente francês, François Hollande avisou que uma “resposta europeia forte” será organizada durante a reunião do Conselho Europeu prevista para esta semana, em Bruxelas. “Eu condeno essa decisão. A França não reconhece nem os resultados do referendo realizado na Crimeia no dia 16 de Março, nem a anexação desta região ucraniana pela Rússia”, afirmou Hollande, em um comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu.

    “O próximo Conselho Europeu de 20 e 21 de Março deverá ser uma ocasião para uma resposta europeia forte e coordenada de uma nova etapa que acaba de ser ultrapassada”, garantiu o chefe de Estado francês.

    Ucrânia promete nunca reconhecer a anexação

    Em Kiev, o porta-voz da diplomacia ucraniana, Evguen Perebyïnis, declarou que a Ucrânia nunca irá reconhecer “a suposta independência e o suposto acordo de anexação da Crimeia à Rússia”. O partido do ex-campeão de boxe e candidato à s eleições presidenciais de 25 de Maio, Vitali Klitschko, lançou um apelo para o governo romper relações diplomáticas com a Rússia.

    O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, escreveu em sua conta no Twitter que Vladimir Putin confirmou sua “disposição em desafiar o direito internacional e a ordem mundial”.

    Durante seu discurso no Kremlin, marcado por uma defesa do nacionalismo russos e críticas contra o Ocidente, o presidente Vladimir Putin garantiu que não queria uma divisão da Ucrânia. “No coração e na consciência das pessoas, a Crimeia foi e continua sendo parte integrante da Rússia”, declarou Putin. Ele afirmou ainda que Moscovo teria “traído” os moradores da península se não tivesse respondido aos apelos para protegê-los diante do movimento de contestação em Kiev que resultou na destituição do presidente Viktor Yanukovicht.

    Cenário da Crimeia não se repetirá em outras regiões

    A Crimeia, que pertencia à Rússia durante o período soviético, foi oferecida à Ucrânia em 1954 pelo líder Nikita Krushev, uma decisão que, de acordo com Putin, foi tomada ‘violando as normas constitucionais da época”.

    Aos que se mostram preocupados de que o cenário da Crimeia possa ser reproduzido em outras regiões do leste da Ucrânia de maioria russófona, Vladimir Putin mandou um recado: “Não acreditem naqueles que dizem que esta situação vai se repetir em outras regiões”. E completou, em meio a muitos aplausos da plateia: “Não queremos uma divisão da Ucrânia. Não precisamos disso”. (rfi.fr)

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