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    Líbia: Aliança Atlântica matou muitos civis

    Os bombardeamentos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) mataram 60 civis e feriram 55 pessoas durante o conflito na Líbia, indicou um relatório da Comissão das Nações Unidas sobre os crimes de guerra e as violações aos direitos humanos cometidos no país.
    “Dos 20 bombardeamentos da Aliança Atlântica, a comissão registou cinco ataques, com mortos e feridos”, segundo a versão ainda não publicada do documento ao qual a agência AFP teve acesso.
    Dois bombardeamentos destruíram infra-estruturas civis sem que fossem identificados quaisquer alvos militares, acrescentou o texto.
    Ainda de acordo com o relatório da ONU, os rebeldes que combateram as forças de Muammar Kadhafi, em 2011, cometeram crimes de guerra e continuam as represálias contra supostos partidários do antigo regime e as minorias.
    O documento das Nações Unidas indica que os rebeldes adoptaram tácticas similares, especialmente bombardeamentos indiscriminados, e denuncia execuções sumárias, detenções arbitrárias, torturas, desaparecimentos e saques.
    Durante o conflito, especialmente nos últimos meses, as brigadas rebeldes bombardearam sem cessar e “indiscriminadamente” civis nos redutos dos partidários de Muammar Kadhafi, especialmente em Syrte, terra natal do antigo líder líbio e onde foi capturado e  morto.
    O relatório denuncia a morte de 65 a 78 soldados executados pelas tropas rebeldes em Misrata em Outubro e a continuidade das execuções depois da queda de Muammar Kadhafi, assim como 12 casos de tortura nos centros de detenção.
    Cerca de 8 mil pessoas estão presas na Líbia, segundo a comissão, que solicita às novas autoridades líbias que coloquem esses detidos à disposição da justiça. O estudo denuncia igualmente actos de represália em Misrata contra minorias étnicas, como as pessoas de raça negra.

    Entretanto, dois jornalistas britânicos detidos no final do  mês passado, em Misrata, são suspeitos de serem espiões, disse o chefe da milícia que os mantêm presos. Faraj al-Swelhi, comandante da brigada Swelhi, disse ter encontrado entre os bens dos jornalistas imagens de equipamento usado pelo exército israelita. Os jornalistas foram identificados como Nicholas Davies e Gareth Montgomery-Johnson.

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