A sexta e última turbina de 333 megawatts de energia da Barragem de Laúca, na província de Malanje, entra em funcionamento ainda este mês de Outubro.
A garantia foi dada, na segunda-feira, pelo secretário de Estado da Energia, António Ferrnandes Belsa da Costa, na videoconferência organizado pela Academia de Santa Catarina (ASC).
Belsa da Costa foi um dos oradores no painel sobre “Crescimento Económico Sustentável e Inclusivo”, evento que contou com a colaboração do Governo do Reino Unido e participações de representantes e parceiros estratégicos de ambos os países.
Para o governante, as fontes de energia hídrica são outra potencialidade de que dispõe o país, a par das fontes renováveis, onde também investem-se recursos. Neste sentido, destacou o Rio Kwanza, onde já foram construídas três das sete barragens previstas. Trata-se das barragens de Cambambe (960 MW), Capanda, com 520 (MW) e Laúca 2.070 MW.
De acordo com o secretário de Estado, Angola dispõe de um potencial de energia solar por explorar de 55 gigawatts, aguardando apenas por investimento privado nacional e estrangeiro.
Neste momento, em termos de capacidade instalada, hídrica e térmica, o país dispõe de 5,5 gigawatts, dos quais 3,1 gigawatts são de energia hídrica e os restantes de energia térmica.
De acordo com Belsa da Costa, a matriz energética actual de Angola é dominada pelas renováveis e continua a ser a aposta do sector. Em termos de energias renováveis, avançou, já estão instaladas sete centrais híbridas com cinco megawatts cada, ou seja, duas solares e três térmicas, as quais têm estado a cobrir as áreas mais recônditas, onde estão concentrados aglomerados de pessoas de pouco consumo em termos de corrente eléctrica.
Nessas mesmas áreas, estão a ser priorizadas, em termos de fornecimento de energia eléctrica, postos médicos, policiais, escolas e jangos (local de reuniões comunitárias).
Conforme avançou, o plano de acção do Ministério da Energia e Águas 2018/2022 conta com iniciativas de investimento privado nacional e estrangeiro, onde estão contemplados 500 megawatts de energia renovável, uma iniciativa cuja execução está a ser impedida pela pandemia da Covid-19.