O Tribunal Supremo do Paquistão ordenou nesta quinta-feira investigações mais detalhadas sobre as acusações contra o primeiro-ministro Nawaz Sharif, envolvido no caso conhecido “Panama Papers”, mas não pediu sua destituição.
“É necessária uma investigação mais profunda”, afirmou o juiz Asif Saeed Khosa ao anunciar a decisão do tribunal, após meses de processos iniciados pela divulgação em 2016 de documentos que revelaram a existência de empresas financeiras em paraísos fiscais (‘offshore’) sob controle dos filhos de Sharif.
O tribunal ordenou a criação, em um prazo de sete dias, de uma comissão de inquérito conjunta com a presença de representantes do Escritório de Combate à Corrupção e do Serviço Secreto militar.
A equipe terá 60 dias para as investigações.
Dois dos cinco juízes classificaram Sharif de “desonesto” e pediram sua destituição.
O caso, iniciado pelo líder da oposição Imran Khan, é destaque há vários meses na imprensa do Paquistão, que deve celebrar eleições gerais em 2018, ao final do terceiro mandato de Sharif. (AFP)