O Ministério Público suiço abriu na quinta-feira um processo-crime contra o presidente da FIFA, Joseph Blatter, e que também implica Michel Platini, o atual presidente da UEFA e candidato assumido à sucessão do suíço na liderança do futebol mundial.
Blatter é suspeito de “má gestão e apropriação indevida”. No comunicado divulgado esta sexta-feira pelo ministério Público helvético, lê-se que o presidente da FIFA é suspeito de ter assinado, a 12 de setembro de 2005, um contrato prejudicial para o organismo.
O compromisso teve como segundo outorgante a União Caribenha de Futebol, na altura liderada por Jack Warner, um dos principais suspeitos da investigação anticorrupção da justiça dos Estados Unidos, revelada em maio e que atingiu em cheio alguns atuais e antigos responsáveis da FIFA.
Blatter é ainda suspeito de ter ter subornado Michel Platini, em 2011, pagando-lhe cerca de 2 milhões de francos suíços (1,8 milhões de euros). O dinheiro terá saído das contas da FIFA e serviu para pagar alegados serviços prestados pelo francês entre 1999 e 2002.
A investigação do ministério Público helvético incluiu um interrogatório a Joseph blater, realizado esta sexta-feira, após a reunião do Comité Executivo da FIFA. O presidente do organismo deveria ter falado aos jornalistas após a reunião, mas a conferência de imprensa acabou por ser cancelada.
A FIFA confirmou apenas a investigação em curso das autoridades helvéticas e sublinhou a colaboração que mantém com a justiça desde 27 de maio.
Da reunião do comité executivo, entre várias decisões tomadas, destaca-se a confirmação das datas do primeiro Mundial de futebol da história a ser jogado no outono. O Mundial do Qatar vai decorrer entre 21 de novembro e 18 de dezembro de 2022. (euronews.com)
por Francisco Marques | com REUTERS, LUSA