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    Joe Berardo já pagou caução de 5 milhões

    Ao que a SIC apurou, a proposta de pagamento do empresário madeirense já chegou ao juiz Carlos Alexandre.

    O comendador está indiciado pela prática de burla qualificada, branqueamento, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificado e descaminho.

    Além do pagamento de caução, o juiz proibiu ainda Joe Berardo de contactar com outros arguidos do processo, obrigou-o a entregar o passaporte e proibiu-o de sair do país.

    Joe Berardo foi detido no início do mês no âmbito de uma investigação aos empréstimos ruinosos da Caixa Geral de Depósitos.

    Joe Berardo, uma das personalidades portuguesas mais intrigantes e controversas das últimas décadas

    Irmão e um dos filhos de Berardo constituídos arguidos

    Além de Joe Berardo e do advogado André Luiz Gomes, há pelo menos mais uma dezena de arguidos no processo. A lista inclui o irmão e um dos filhos do empresário madeirense e ainda Carlos Santos Ferreira, suspeito de beneficiar Berardo enquanto presidente da Caixa Geral de Depósitos.

    Estão ainda envolvidas seis sociedades ligadas ao comendador.

    Segundo comunicados da PJ e do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), em causa no processo está um grupo “que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros” e que terá causado “um prejuízo de quase mil milhões de euros” à CGD, ao Novo Banco e ao BCP.

    Joe Berardo terá montado um esquema para não pagar as dívidas aos bancos

    O empresário, juntamente com o advogado André Luiz Gomes, terá posto em prática um plano de reestruturações e de manobras jurídicas para evitar o reembolso dos empréstimos concedidos pela Caixa, BCP e antigo BES.

    A SIC sabe que a indiciação do Ministério Público regressa a 2004 e é a partir desse ano que o grupo Berardo passou a beneficiar de avultados financiamentos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos, antigo BES e BCP sem que, a partir de finais de 2008, houvesse uma intenção de reembolsar os bancos.

    Muito pelo contrário, terão sido realizadas manobras jurídicas de forma a reestruturar esses mesmos financiamentos sem que tivesse sido avançado qualquer capital, e ainda com o objetivo de esvaziar os créditos das respetivas garantias.

    A SIC sabe também que a indiciação refere que, embora a Colecção Berardo e outro património tenham sido dados com garantia para os financiamentos, o empresário, em colaboração com outros membros da família e elementos do grupo, realizou actos e negócios jurídicos com o objectivo de esvaziar essas mesmas garantias. E por isso terão passado para outras esferas do grupo, inutilizando as garantias dos bancos credores.

    Os três bancos exigem quase mil milhões de euros.

     

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