Israel está mesmo ao lado da Síria, onde muitos grupos consideram o Estado vizinho um inimigo de sempre. Quando as coisas ficarem pior, os israelitas vão sofrer as consequências: seja por as armas cairem nas mãos do Hezbollah, seja por um ataque ocidental à Síria, seja por os rebeldes pedirem ajuda à Al Qaida, seja por pressão do Irão: os judeus estão na linha de mira.
A situação deteriorou-se de tal modo, que a população já se prepara para defender a vida em caso de ataque com armas químicas ou nucleares de um dos váriso inimigos que tem na região.
Estão a ser distribuidas máscaras para enfrentar qualquer ameça de gás e os sistemas de alerta foram verificados:
Yossi Melman, analista:
“- A conversa do momento em todos os cantos da cidade é quando será bombardeado o Estado de Israel?”
Desde a primavera árabe que Israel é uma zona de turbulência. Perdeu aliados e o mundo árabe que se desenha nos países em questão não é necessariamente aquele que Israel gostaria.
O presidente iraniano, esta semana, qualificou o Estado de Israel de tumor canceroso introduzido pelos ocidentais no centro do mundo islâmico. Ahmadinejad, sempre desafiador, dirigiu-se diretamente aos americanos e israelitas.
Mahmoud Ahmadinejad:
“- Estão a tentar fazer um novo Médio Oriente. Mas nós também. O novo Médio Oriente vai ser formado com a ajuda de Deus e de outras nações, sem traço de americanos nem israelitas.”
A declaração de intenções foi repetida na Síria. Os rebeldes delataram movimentos de armas químicas nos grandes armazéns em Damasco. Obama avisou que deslocar estes stocks de armas ou utilizá-los era passar a linha vermelha. Mas Damasco, que tem um dos maiores arsenais do mundo, nem respondeu.
Mesmo com todas as informações bem guardadas para avaliar completamente o arsenal sírio, conhecem-se cinco centros de produção de agentes químicos no país. 20 a 30 bases de armazenamento, principalmente em cisternas, em forma líquida, com gás mostarda e gás sarin, entre outros.
As ameaças do presidente americano podem dissuadir o presidente Assad de se servir delas, segundo o especialista David Friedman:
“- Estou mais pessimista acerca da possibilidade destas munições e armas cairem nas mãos do Hezbollah. Esse seria o grande desafio para Israel”.
O Estado de Israel alertou para a infiltração de ativistas da Jihad islâmica nos grupos de oposição síria.
Fonte: EURONEWS