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    “Instabilidade acabava na Guiné-Bissau com uma mulher na liderança”

    Foto: D.R
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    A presidente da Associação das Mulheres de Atividade Económica (AMAE) da Guiné-Bissau, Fátima Camará de Barros, defendeu hoje que “a instabilidade acaba de uma vez por todas” se o país tiver uma mulher na liderança.

    Em declarações à Agência Lusa por ocasião do Dia Internacional da Mulher, dia feriado na Guiné-Bissau, Fátima de Barros afirmou que a experiência da mulher guineense “na luta com as dificuldades diárias, e a forma racional” como toma as decisões levam-na a estar melhor preparada para liderar.

    “Bastava que tivéssemos uma mulher na liderança e este país tinha uma estabilidade de uma vez para sempre, e nem era preciso chamar a comunidade internacional. Havia entendimento rapidamente”, observou a presidente da AMAE, organização que congrega cerca de 18 mil associadas.

    “É como eu digo sempre, ter mulheres numa organização é sinal de que não há ali confusão, porque as mulheres são mais tolerantes que os homens, pensam muito antes de tomar qualquer decisão”, argumentou Fátima de Barros.

    A presidente da AMAE, plataforma de junta 147 associações de mulheres de atividade económica, disse que desde o golpe de Estado militar de abril passado a sociedade guineense “ressente-se, porque a atividade económica das mulheres decaiu”.

    Camará de Barros explicou que essa quebra se deve ao facto de os bancos comerciais e as instituições internacionais que financiavam a atividade económica das mulheres terem cancelado os apoios.

    “Disseram que voltavam a dar-nos apoios em janeiro mas já estamos no mês de março sem nada”, notou a presidente da AMAE, organização fundada em 1992. Fátima de Barros disse, no entanto, que em termos gerais a situação da mulher guineense “é hoje muito melhor” do que há 20 anos.

    “A mulher guineense está melhor hoje em relação há 20 anos. Hoje temos a nossa própria voz nesta sociedade, somos ouvidas, há leis que defendem a mulher. É uma grande conquista que tivemos, mas que não é nenhuma oferta, foi com muita luta, muita reivindicação”, sublinhou a responsável.

    “Ainda assim, há barreiras a ultrapassar, não é só aqui na Guiné-Bissau, mas em todo mundo. A discriminação feminina ainda existe, até na Europa. Veja quantas deputadas existem no Parlamento português, por exemplo”, frisou Fátima de Barros. (lusa.pt)

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