Os Estados Unidos emendaram a mão depois de terem sido divulgadas imagens de elementos das forças especiais com a insígnia de uma milícia curda, o que suscitou um forte protesto da Turquia.
As Unidades de Proteção do Povo combatem o autoproclamado Estado Islâmico no norte da Síria mas são consideradas uma milícia terrorista pelo governo de Ancara.
“A questão é que as insígnias não são autorizadas, por isso foi-lhes ordenado para as retirarem – refere o porta-voz do exército, o coronel Steven Warren. No que diz respeito a punições adicionais, não estou ao corrente de nada, mas o importante é que a situação foi corrigida e nós comunicámos aos nossos aliados que esta conduta não era apropriada nem autorizada.”
As palavras do ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Cavusoglu, não deixam dúvidas quanto ao incómodo que a questão suscita em Ancara:
“Recomendamos que passem a usar as insígnias do autoproclamado Estado Islâmico, da Frente Al-Nusra e da Al-Qaida durante as operações noutras regiões da Síria. E já agora também podem usar a do Boko Haram quando estiverem em África, uma vez que não veem as Unidades de Proteção do Povo como uma organização terrorista.”
Para a Turquia esta milícia está intimamente ligada ao PKK, que lidera uma rebelião em solo turco desde 1984.