Mil e 872 engenhos explosivos não detonados foram removidos e destruídos, este ano, na província do Huambo, pelo Instituto Nacional de Desminagem (INAD), contra 156 de 2021, soube hoje a ANGOP.
Ao confirmar o facto, o director interino do INAD nesta região, Castro Kapanda, disse que o aumento de engenhos removidos e destruídos resultou das acções de sensibilização levadas a cabo junto à população, com foco na denúncia de qualquer objecto suspeito, tanto nas comunidades, como nos campos agrícolas.
O responsável disse que três pessoas morreram e 13 outras contraíram ferimentos graves, em consequência de acidentes de minas, ocorridos, este ano, dentro das localidades dos municípios da Caála, Chicala-Cholohanga e Huambo.
Lembrou que em 2021 haviam sido notificadas sete acidentes do género, com quatro mortos e 21 feridos graves.
Segundo o responsável, entre Janeiro à presente data, o INAD e parceiros clarificaram 122 mil metros quadrados de superfície, com a remoção de minas anti-tanques e anti-pessoais, em zonas transformados em campos agrícolas e de implementação de projectos de impacto socioeconómico.
Entretanto, 23 mil 231 pessoas, entre crianças e adultos, foram sensibilizados sobre os riscos de minas, acompanhado da recolha de mil 818 munições diversas.
Com uma área de 35 mil 771 quilómetros quadrados, que perfazem 11 municípios, 37 comunas e três mil 387 aldeias, a província do Huambo, onde vivem mais dois milhões 600 mil habitantes, já foi considerada como uma das regiões do país com mais áreas suspeitas de minas, devido ao conflito armado.
ANGOP