O ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, admitiu, nesta quarta-feira, na cidade do Lubango, província da Huíla, a possibilidade de retirar licenças aos operadores mineiros com concessões, mas sem capacidade de exercer a actividade.
A advertência foi feita no final de um encontro com a classe de operadores mineiros da Região Sul do País, tendo salientado ser de todo interesse corrigir o que se está a passar, pois, até à presente data, foram já emitidas quase duas mil licenças, mas a maior parte não exerce a actividade.
“Como medidas punitivas, o titular do poder Executivo aprovou um decreto presidencial a regular essa matéria, no sentido de que àqueles que têm licenças e não estão a usa-las vai-lhe ser retirada”, realçou.
Acrescentou que o objectivo é dar oportunidade a quem de facto queira e pode trabalhar, de modos a disciplinar a actividade no País.
Explicou que durante o encontro, as principais preocupações apresentadas pelos operadores estão ligadas às infra-estruturas, transportes e custo elevado dos combustíveis, assim como obtenção de divisas para a importação de meios técnicos.
“Ficamos felizes, porque a ideia do Executivo para relançar e aumentar a produção coincide com as dos produtores. Portanto, estamos alinhados e saímos daqui com a impressão de que há uma conjugação de pontos de vista, entre as partes em termo de vontade, compromisso e até mesmo engajamento para que essa estratégia seja efectuada com êxito”, sustentou.
Na província da Huíla são controladas dez empresas de transformação e exploração de rochas ornamentais.
Durante a estada de algumas horas, o ministro visitou as instalações da Sede regional Sul do Instituto Geológico de Angola, a Pedreira da Empresa Omatapalo e a fábrica de transformação de granitos. (ANGOP)