A circulação do Comboio do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes (CFM) tem estado a facilitar a mobilidade de pessoas e de bens, que se reflecte directamente na melhoria das condições de vida dos munícipes do Cuvango, província da Huíla, consideram alguns utilizadores, em declarações à Angop.
Segundo os munícipes entrevistados, actualmente já é possível transportar grandes quantidades de mercadorias diversa do Cuvango para as cidades do Lubango, Menongue e Namibe, a um preço baixo.
O comerciante Geraldo Ndala disse ter viajado de comboio do Cuvango a Menongue, para visitar a família que não via há muito anos, e ressaltou o sentimento de segurança e o conforto que o comboio proporciona, assim como do reduzido valor pago pela viagem (500 Kz), contra os 3000 Kz que teria de desembolsar se a tivesse feito de carro.
O professor Paulo Tomé, embora nunca ter viajado de comboio, afirmou que o comércio está a crescer na vila e nota-se a presença constante de pessoas de outras origens em que busca daquele que não existe no município.
Por sua vez, o funcionário público, Eduardo Mato, disse que a retoma na circulação ferroviária entre Namibe, Huíla e Cuando Cubango veio devolver aos produtores a oportunidade de escoarem os seus produtos de forma rápida, segura e barata.
Afirmou que as populações das zonais rurais por onde passa o traçado ferroviário também têm agora acesso de bens de primeira necessidade de origem industrial, o que vai reduzir as assimetrias entre o campo e a cidade.
A circulação do comboio comercial do CFM iniciou em Fevereiro de 2013, com duas composições semanais (quatro viagens). Mas seis meses depois, a composição foi reduzida para duas viagens (ida e volta), devido a problemas na linha. (portalangop.co.ao)