Quinta-feira, Maio 23, 2024
16.8 C
Lisboa
More

    Huawei acusa EUA de lançar ciberataques contra sistemas do fabricante chinês

    A Huawei acusou os Estados Unidos de usarem a sua “influência diplomática e política” e de lançarem ciberataques contra os seus sistemas para impedir a normalidade operacional.

    O fabricante Huawei acusou, esta terça-feira, os Estados Unidos de lançarem ciberataques contra os sistemas da empresa para impedir a normalidade operacional do grupo tecnológico chinês.

    “Nos últimos meses, o governo dos Estados Unidos tem estado a aproveitar a sua influência política e diplomática para pressionar outros governos para que proíbam os equipamentos da Huawei”, refere a empresa citada pela agência de notícias financeiras Bloomberg.

    Neste contexto, escreve a Lusa, a companhia acusa Washington de lançar ciberataques para “infiltrar-se na intranet da Huawei e nos sistemas de informações internos da empresa”.

    Alega ainda que os Estados Unidos têm dado indicações para que “a polícia ameace, coaja e incite os antigos e atuais trabalhadores da Huawei a voltarem-se contra a empresa, a trabalhar pare eles”, bem como “a prender ilegalmente os trabalhadores e sócios da Huawei”. A Huawei vai mais longe ao acusar Washington de “utilizar todas as ferramentas à sua disposição”, não só as administrativas como as judiciais, e a usar “outros meios sem escrúpulos”.

    Contactado pela Bloomberg, o Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos não respondeu, por enquanto, à acusação feita pela Huawei no seu comunicado. Os Estados Unidos e o gigante tecnológico Huawei estão envolvidos numa guerra global por causa da cibersegurança e das infraestruturas a nível mundial.

    Washington tem tentado exercer a sua influência junto dos aliados para banir a Huawei devido a preocupações de que o Governo chinês possa obrigar a empresa a fornecer o acesso aos dados que processa para espionagem, embora a a Huawei tenha negado esta possibilidade.

    A Huawei, a 23 de agosto, alertou para o “sinal muito perigoso” que a administração norte-americana estaria a dar ao mercado tecnológico, ao querer banir a empresa dos Estados Unidos, afirmando temer uma “onda de irracionalidade” após estas decisões.

    O representante da Huawei nas instituições europeias, Abraham Liu, disse então em Bruxelas que os Estados Unidos tinham anunciado as restrições à fabricante chinesa, porque queriam “manter o predomínio da indústria da tecnologia de ponta”. “Mas, se o mercado global continuar a permitir que os Estados Unidos façam o que querem, está a ser enviado um sinal muito perigoso” a nível internacional”, salientou o responsável.

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    África do Sul considera apresentar queixa à OMC contra o imposto fronteiriço sobre carbono da EU

    A África do Sul considera apresentar uma queixa formal na Organização Mundial do Comércio contra a taxa "protecionista" de...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema