O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) da Guiné-Bissau estimou hoje em cinco milhões de euros o montante necessário para fazer o recenseamento eleitoral, com vista às eleições gerais de 2013.
Desejado Lima da Costa, que falava à saída de um encontro com o Presidente da República de transição, Serifo Nhamadjo, acrescentou que para o processo eleitoral deverá ser necessário outro tanto.
Na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril passado, a Guiné-Bissau está a ser dirigida por um governo de transição que tem um ano para levar o país a eleições gerais, legislativas e presidenciais.
Desejado Lima da Costa disse que analisou com Serifo Nhamadjo as etapas do processo e a projeção financeira, acrescentando que a CNE apresentará nos próximos dias “as suas necessidades, para as diferentes fases do processo eleitoral”.
Na próxima semana, explicou, vai dar-se início à conclusão do processo de cartografia, que deverá durar no máximo um mês.
Com a cartografia completa há condições para se dar início ao processo do recenseamento biométrico. Segundo Lima da Costa há já empresas interessadas em participar no concurso internacional para o recenseamento, sendo também necessário começar a buscar financiamento e mobilização de parceiros.
Tendo em conta a realidade económica mundial e o montante necessário (10 milhões de euros), a Guiné-Bissau “não se pode dar ao luxo de separar eleições legislativas e presidenciais”, disse.
As autoridades de transição do país e ele próprio vão agora “tentar envolver todas as entidades”, para que o processo seja credível.
Na passada sexta-feira o presidente da CNE reuniu-se com o representante da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) em Bissau, que prometeu apoio da organização regional para o processo eleitoral, pedindo à CNE para que apresentasse um orçamento do montante necessário para as eleições.
As eleições deverão realizar-se até maio do próximo ano.
FONTE: Lusa
