Forças militares turcas encerraram esta sexta-feira as duas pontes sobre o estreito do Bósforo, em Istambul, e foram ouvidos jatos militares voando baixo sobre Ancara, tendo o primeiro-ministro admitido pouco depois que se tratava de uma tentativa de golpe militar, mas afirmando-se no poder.
Poucas horas depois, em comunicado lido na televisão do país, os militares afirmam que já tomaram o poder e que o país está neste momento nas mãos de uma “junta pacífica”. Justificam a ação dizendo que o atual governo pôs em causa o poder secular e a democracia no país.
O Presidente, Recep Tayyp Erdogan, de férias numa estância no sul do país (e não no estrangeiro como incialmente foi noticiado) falou depois aos jornalistas apelando ao povo para vir para as ruas, para “encher as praças”, fazer frente aos golpistas. Cerca de uma hora depois, a agência de notícias iraniana dava conta que Erdogan e a sua família teriam desembarcado no aeroporto de Teerão. Uma informação que se veio a confirmar falsa.
Na capital do país, fontes ouvidas pela Agência Efe contaram que ouviram tiros junto do quartel do Estado Maior. Mais tarde, a agência de notícias pública dava conta de que pelo menos 17 agentes das forças especiais da polícia tinham sido mortos junto ao seu quartel-general, em Ancara.
Cerca das 00:50 (hora de Lisboa), o Governo de Ancara garantia que tinha reconquistado o controlo da capital, com as televisões a transmitirem imagens de militares a serem detidos pela polícia. (DN)