O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, disse hoje, quarta-feira, em Luanda, que no quadro da realidade do sistema de ensino no pais, levou o Governo a preparar um Plano de Contingência com um orçamento estimado de 1,3 trilhões de Kwanzas.
De acordo com o Chefe de Estado Angolano que falava no acto oficial de abertura da III sessão Legislativa da III Legislatura da Assembleia Nacional, com este montante se prevê a construção de cerca de 63 mil salas de aula e a formação de mais de 126 mil professores, para atender o número de alunos, como resultado do aumento do número de escolas.
“Diante da actual crise económica e financeira, causada pela queda do preço do petróleo, o referido Plano já não poderá ser executado em três anos, como se pretendia, e talvez só possa ser executado num período de cinco a dez anos”, salientou.
De acordo com o Titular do Poder Executivo os resultados alcançados no índice de desenvolvimento humano exprimem também os progressos registados a nível sanitário. A taxa de mortalidade infantil é inferior a 100 por mil nados vivos, quando esta cifra ultrapassava os 170 por mil em 2000.
Disse que a taxa de mortalidade de crianças menores de cinco anos passou de 300 por mil nados vivos, no início do ano 2000, para cerca de 120 por mil neste momento. A taxa de mortalidade materna diminuiu de 1400 mortes
maternas por 100 mil nados vivos para menos de 300 em 100 mil. Também a taxa de morbilidade devida à malária caiu de 25 para 15 por cento.
“Reconhecemos, porém, que apesar destes progressos notáveis ainda temos de despender esforços no sentido de incrementar o combate à tuberculose e à propagação do VIH-SIDA, à incidência da tripanossomíase, à proliferação de falsos medicamentos ou ao número ainda muito elevado de partos não assistidos por pessoal qualificado”, destacou. (portalangop.co.ao)