Oitenta jovens, entre casados, militares e distinguidos com mérito estudantil e profissional em Benguela vão receber sexta-feira próxima, as suas moradias, após um sorteio que abrangerá 334 candidatos apurados das inscrições de acesso ao Programa de Habitação Social à Juventude.
De acordo com o director provincial da Juventude e Desportos, Pedro Garcia, que avançou esta informação à imprensa, o governo de Benguela está a fazer o possível para a entrega imediata das casas aos jovens que serão apurados no sorteio previsto para o dia 6 deste mês.
Indicou que uma comissão provincial de sorteio integrada por representantes de igrejas e dos órgãos de Comunicação Social, está a trabalhar na criação de condições para que a 6 de Janeiro sejam encontrados, com transparência e justiça, os beneficiários das casas.
Justificou que o atraso na entrega destas casas do Programa Nacional de Habitação aos jovens se deve a razões alheias à vontade do governo provincial de Benguela, já que o empreiteiro e a empresa fiscalizadora estão sedeados em Luanda, o que criou transtornos na execução da obra.
Garantiu estarem ultrapassados os constrangimentos com a empreiteira, de modo que em breve os 80 jovens que obtiverem êxitos no referido sorteio realizem o sonho da casa própria, recebendo as chaves das moradias pelas quais estão a concorrer.
Ressaltou que as casas serão entregues já mobiladas, em acto público no bairro Nossa Senhora da Graça, estando o custo de cada moradia fixado em 40 mil dólares norte-americanos reembolsáveis ao Banco de Poupança e Crédito (BPC) em 20 anos, com prestações mensais de cerca de 26 mil kwanzas.
O interlocutor reconheceu que a qualidade do material utilizado na construção das habitações suscita questionamentos, pelo que na segunda etapa a fiscalização será reforçada a nível local, para que as casas estejam melhor acabadas para agradar os beneficiários.
Pedro Garcia mostrou-se consciente de que as 80 casas são insuficientes para responder as preocupações dos jovens que clamam por habitação na província de Benguela, por isso a solução passa por propor ao governo provincial a atribuição de terrenos para a auto-construção dirigida.
Anunciou que será criado um mecanismo de fiscalização para que os beneficiários não vendam as casas, na medida em que um dos objectivos do Executivos é o de minimizar a carência habitacional no seio da juventude.
Por outro lado, sublinhou ter-se já iniciado a terraplenagem de um local no município do Lobito, onde serão erguidas as próximas 100 moradias previstas para a segunda fase do programa de acesso e concessão de habitação social à juventude.
Cada unidade habitacional deste projecto implementado pelo Ministério da Juventude e Desportos, no âmbito do Programa Angola Jovem, possui 450 metros quadrados, divididos entre sala, cozinha, três quartos e casa de banho.
O novo bairro social da juventude contará com ruas asfaltadas, abastecimento de água potável e energia eléctrica, além da instalação de equipamentos públicos como campos multiusos para prática desportiva, creches, entre outros.
Fonte: Angop