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    França: Imprensa encerra o ano com críticas ao governo de Hollande

    Capa dos jornais L'Equipe, Le Figaro, L'Humanité e Les Echos desta terça-feira, 31 de dezembro. (RFI)
    Capa dos jornais L’Equipe, Le Figaro, L’Humanité e Les Echos desta terça-feira, 31 de dezembro. (RFI)

    Os jornais franceses desta terça-feira, 31 de Dezembro de 2013, fazem um balanço da situação económica da França, apontando erros e acertos do governo de François Hollande.

    O Les Echos dá o tom da insatisfação com o governo lembrando que 2014 começa com um aumento da TVA, o imposto cobrado sobre bens e serviços. Os contribuintes franceses terão de pagar 5,6 bilhões de euros adicionais no ano que vem, para diminuir o rombo nos cofres públicos. Devido à falta de reformas estruturais e de cortes mais ousados nas despesas públicas não estão descartados novos aumentos nos próximos meses, adverte o Les Echos.

    O jornal comunista L’Humanité diz que Hollande precisa mudar de rumo. O balanço de seu governo em 2013 não é convincente, exigindo mudanças urgentes. O diário mostra que Hollande falhou no combate ao desemprego, na simplificação tributária e não conseguiu convencer os europeus sobre seus projectos militares, além de não cumprir as promessas de estímulo à economia. Outra promessa não cumprida foi dar o direito de voto aos estrangeiros.

    No discurso que fará hoje à nação em cadeia nacional de rádio e TV, Hollande vai tentar convencer os franceses que o país está no caminho da recuperação económica, escreve o Aujourd’hui en France. Uma visão excessivamente optimista, na avaliação do jornal. O Aujourd’hui en France publica a capa de uma edição do início do ano, que mostrava a agenda de Hollande para 2013. A conclusão é contundente: o socialista só cumpriu quatro das 11 promessas feitas à população.

    Entre os fracassos, Hollande não conseguiu inverter a tendência ascendente do desemprego, reduzir o deficit público a 3% do PIB, fortalecer o governo do primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault e unir a esquerda. Uma das poucas promessas cumpridas, a reforma do mercado de trabalho, ainda não deu os resultados esperados. A intervenção militar no Mali e a libertação de vários reféns franceses são, por outro lado, pontos positivos da presidência socialista.

    Para o Libération, 2013 foi um ano de “confusões”, com “fiascos de toda ordem” marcando “12 meses angustiantes”.

    O diário conservador Le Figaro prevê um ano de 2014 de alto risco para Hollande. (rfi.fr)

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