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    Fome no sul de Angola “é um problema de Estado”

    Decorreu até ontem na cidade de Lubango, no Huíla, uma mesa redonda sobre a fome no sul de Angola. “Este é um problema de Estado”, lembra o director da organização de direitos humanos OMUNGA.

    Várias organizações da Sociedade Civil juntaram-se até esta quinta-feira para discutir direitos, estratégias e sinergias para combater a fome no sul do país. “Este é um problema de Estado”, afirma o director da organização de direitos humanos OMUNGA, João Malavindele.

    “Com os olhos postos na incidência da recorrente seca no Sul de Angola, e sobretudo na ausência de uma resposta de Estado, mais concretamente da parte do executivo angolano, e com a consciência do acelerado agravamento do problema da fome aguda que agora atinge igualmente os centros urbanos, as Organizações da Sociedade Civil -MBAKITA, OMUNGA, ACC, FORDU e ANO- e com participação de parceiros e convidados realizaram de 5 a 6 de Maio, na cidade do Lubango, uma Mesa Redonda”, apresenta a organização de direitos humanos OMUNGA.

    Mesa redonda sobre a fome no sul de Angola.
    (© OMUNGA)

    No encontro foram discutidas as consequências da estiagem e da fome para o tecido humano, animal e ambiental no sul de Angola. No município dos Gambos, na província da Huila, mais de 90.000 famílias são afectadas pela estiagem e pela fome. O mesmo acontece com cerca de 20.000 pessoas na província do Namibe, nos municípios do Tombwa e Virei.

    “O objectivo do encontro é reflectir sobre o impacto da seca e da fome da região sul de Angola. Temos de olhar para o acesso de alimentos, não como tarefa acidental do Estado, mas como direito humano ao acesso à alimentação adequada. O Estado angolano deve organizar-se para poder dar apoio às necessidades (das pessoas), atingidas pelos flagelos da seca e fome, desde 2012 até ao momento”, afirma o director da OMUNGA.

    O Estado deve “reconhecer que o problema existe. É necessário que tome uma posição séria e declare que este é um problema grave, um problema de Estado. Não há uma declaração que mostre um posicionamento oficial da parte do Presidente da República e é preciso reconhecer que o problema existe, para que sejam tomadas medidas imediatamente”, concluiu.

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    FonteRFI

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