O novo chefe de missão do FMI em Angola, Mario de Zamaroczy, afastou em Luanda, a possibilidade deste organismo prestar assistência financeira ao Executivo angolano, por não ter havido nenhum pedido das autoridades.
Já em Março último, o FMI afastou a possibilidade de assistência financeira ao País, na conclusão de duas semanas de reuniões entre especialistas do Fundo e Governo angolano, no âmbito das consultas regulares.
Segundo Mário de Zamaroczy, que falava no final de um encontro com o ministro das Finanças, Archer Mangueira, e o governador do Banco Nacional, José de Lima Massano, o FMI vai prestar apoio às autoridades, para coerência de todas as medidas e intervenções de políticas.
O francês, que sucede o brasileiro Ricardo Velloso, reiterou o apoio do FMI para a estabilidade macroeconómica do país e à assistência técnica ao Executivo, para implementação do plano de estabilização macroeconómica e enalteceu os esforços do Executivo, para reverter a situação económica de crise, com a implementação do seu plano desenvolvimento.
A nova missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) está em Luanda, desde hoje (terça-feira), para actualização de dados relativos ao desempenho económico do país, para projecções macroeconómicas que servirão de base às negociações.
O último relatório do FMI, elaborado no quadro da Missão em Angola ao Abrigo do Artigo IV, recomenda ao Governo de Angola que use eventuais receitas tributárias adicionais para reduzir o atraso nos pagamentos aos fornecedores e reduzir a dívida pública, que deverá subir para 73% do PIB este ano.
De acordo com a análise anual à economia angolana do referido Abrigo, os administradores do Fundo “apoiaram a redução do défice orçamental prevista no Orçamento para 2018 e salientaram que eventuais receitas tributárias extraordinárias devem ser usadas para eliminar os atrasados internos e reduzir a dívida pública. (Angop)