De acordo com o Folha de Maputo, para além de inédito, trata-se de uma vergonha mundial o que se passou na segunda mão da final da Champions League entre o Esperance Tunis e o WAC Casablanca.
O jogo da primeira mão deu um empate 1-1 em Casablanca e tudo ficou por decidir em Tunis neste sábado. Estádio lotado, futebol de alta qualidade.
O Esperance marca primeiro, passa para a frente na eliminatória. Alguns lances polémicos se seguiram (e pelo menos um pênalti para marcar para o WAC) mas foi aos 58 minutos que o verniz estalou no Estádio Nacional em Tunis.
Bonita jogada de ataque do WAC e depois de um cruzamento milimétrico de um companheiro Wadid El Karti faz um cabeceamento fortissimo que anicha a bola dentro da baliza Tunisina – estava feito o empate na final – ou não.
O assistente que acompanhava o ataque do WAC imediatamente assinala fora de jogo e o árbitro confirma. Sem consultar o VAR (que na competição já é usado) manda o árbitro prosseguir o jogo. Os jogadores Marroquinos recebem então um sinal do banco para se retirarem de campo pois o golo havia sido legal e desta forma o árbitro seria obrigado a ir verificar o VAR e a validade do golo do WAC. Mas não foi o que aconteceu.
O árbitro da Gâmbia Bakari Gassama simplesmente se recusou a ir ver o VAR (como facilmente resolveria a questão) e o jogo ficou sem ser jogado com o relógio a correr até que se atingiu os 90 minutos.
Uma vergonha mundial mais uma vez dada pelo nosso futebol. Agora naturalmente virão as críticas ao WAC sobre a sua posição, apelidando-os de anti-desportivos e selvagens, quando na verdade o único culpado da situação deve ser o árbitro Gambiano que demonstrou claramente para milhares no Estádio e milhões pelo mundo que acompanhavam a transmissão televisiva qual era a sua principal agenda.
Detalhe, o Esperance é o vencedor declarado da Champions League Africana época 2018-2019.