Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, comentou hoje pela primeira vez a morte de Nelson Mandela e o histórico aperto de mão entre seu irmão Raúl e Barack Obama na homenagem nacional ao ex-presidente sul-africano, morto no dia 5 de Dezembro.
Em um artigo publicado nesta quinta-feira no jornal oficial Granma, Fidel se refere a Mandela “como um apóstolo da paz” e felicita seu irmão Raúl por sua “firmeza e dignidade” na saudação que dirigiu ao presidente dos Estados Unidos nos funerais do líder sul-africano.
No artigo, intitulado “Mandela morreu – Por que ocultar a verdade sobre o apartheid?”, Fidel, de 87 anos e aposentado do poder desde 2006, define o ex-líder negro como “um homem íntegro, revolucionário profundo e radicalmente socialista”.
“Nenhum acontecimento presente ou passado que eu lembre ou ouvi mencionar, como a morte de Mandela, teve tanto impacto no público mundial e não por suas riquezas, mas pela qualidade humana e a nobreza de seus sentimentos e ideias”, diz o ex-presidente cubano.
Castro destaca “os fraternais sentimentos da irmandade profunda entre o povo cubano e a pátria de Nelson Mandela”, que é admirado “por sua honradez, sua modéstia e enorme mérito”. (rfi.fr)