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    Exportações caem 3,9% em março com Angola a pressionar

    Balanço do primeiro trimestre aponta para uma queda de 2% nos bens vendidos ao estrangeiro, longe da meta do Governo, que é de crescimento. Ainda assim, para Portugal são muito importantes as exportações de serviços, como o turismo, que falta contabilizar

    As exportações portuguesas desiludiram em março e caíram 3,9% em comparação com o mesmo mês de 2015. Já as importações baixaram 0,8%, segundo as contas do comércio internacional reveladas pelo Instituto Nacional de Estatística. São um importante indicador sobre o desempenho da economia portuguesa, sendo que o valor inscrito no Orçamento do Estado para todo o ano de 2016 é um aumento de 4,3%. Os dados até março não são animadores para esse objetivo, mas importa ressalvar que estas estatísticas contabilizam apenas os bens, deixando de fora as exportações de serviços, como o Turismo, muito importantes para a economia.

    No comércio internacional de bens, os combustíveis e lubrificantes pesaram, (-39,2% no caso das exportações e -26,1% no caso das importações). Se não contássemos com eles, as exportações tinham apresentado uma queda menor, de 1,3%.
    Angola reduz compras em quase metade

    As exportações para Angola, nomeadamente, têm registado uma forte queda. É dos principais destinos dos produtos portugueses e Lisboa é o segundo principal fornecedor de Luanda. E, realmente, a queda pronunciada nas exportações portuguesas aconteceu fora do mercado da União Europeia (-14,9%), com Angola a ter o maior contributo negativo: uma quebra de 46,4%, ou seja, deixou de comprar quase metade do que comprava a Portugal.

    Os produtos vendidos para os 27 Estados-membros, por sua vez, chegaram mesmo a crescer, ainda que ligeiramente (+0,3%), sobretudo para Espanha (+2,7%).

    Assim, e pegando em valores absolutos, “o défice da balança comercial de bens registou um acréscimo homólogo de 133 milhões de euros em março de 2016 e o défice da balança comercial excluindo os Combustíveis e lubrificantes aumentou 185 milhões de euros (…) totalizando -738 milhões de euros”.
    Primeiro trimestre desilude

    Na comparação mensal, com fevereiro, tanto as exportações como as importações subiram, mas umas mais do que outras: as primeiras com uma tímida subida, de 0,9%, e as segundas com um aumento de 4,8%.

    Entre os bens comprados lá fora, o destaque do INE vai para o material de transporte e acessórios. As compras destes produtos cresceram 18,6%.

    Com estas estatísticas relativas a março, podemos fazer o balanço do primeiro trimestre deste ano: as exportações de bens diminuíram 2,0% e as importações cresceram 1,0% face ao período homólogo.

    Já em fevereiro, embora até tenham crescido na comparação anual, as exportações tinham apresentado um crescimento muito tímido. (TVI24)

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