Na sede da empresa C2 Capital, a sociedade que ficou com o património da Promovalor.
Nuno Gaioso Ribeiro, ex-vice-presidente do Benfica, também está a ser alvo de buscas, esta quarta-feira.
As buscas estão a decorrer na sede da empresa C2 Capital, a sociedade que ficou com o património da Promovalor, o grupo imobiliário de Luís Filipe Vieira e que é um dos grandes devedores do Novo Banco.
Fonte ligada ao processo assegura que Gaioso Ribeiro não foi, por agora, constituído arguido, mas que estará a ser recolhida documentação desta sociedade.
C2 CAPITAL PARTNERS CONFIRMA BUSCAS
A C2 Capital Partners, que tem como sócio o ex-dirigente do Benfica Gaioso Ribeiro, confirmou que foi esta quarta-feira alvo de buscas, que incidiram “na sua qualidade de sociedade gestora do Fundo de Investimento Alternativo Especializado Promoção e Turismo”.
A empresa, em nota enviada às redações, garantiu que “colaborou voluntária e livremente nas diligências em curso, tanto mais que, nem a sociedade nem qualquer dos seus administradores foram constituídos arguidos ou têm qualquer outra posição processual”.
“Não houve lugar a qualquer outra diligência processual. A informação solicitada teve como único e exclusivo objeto elementos relacionados com o FIAE”, refere.
A C2 Capital Partners reiterou ainda “a legalidade e a integridade da sua conduta no processo de constituição e gestão do Fundo de Investimento Alternativo Especializado (FIAE)”, tal como fez, por exemplo, na Comissão Parlamentar de Inquérito ao Novo Banco.
Segundo a sua página na internet, a C2 Capital Partners é uma sociedade de capital de risco independente, registada na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sendo atualmente um operador de referência no setor de capital de risco em Portugal e tem duas áreas de negócio principais: Capital de Expansão e Investimentos Alternativos.
LUÍS FILIPE VIEIRA FOI DETIDO
O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi esta quarta-feira detido. Vai ser presente na quinta-feira ao juiz Carlos Alexandre e deverá passar a noite na prisão. Em causa estão suspeitas de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento.
Luís Filipe Vieira saiu da sua residência, no concelho de Oeiras, acompanhado por inspetores da Autoridade Tributária. Foi transportado para o Comando Metropolitano de Lisboa, em Moscavide.
Vieira vai ser presente na quinta-feira ao juiz Carlos Alexandre e deverá passar a noite na prisão.
A investigação envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros com prejuízos para o Estado.